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Os 10 melhores destinos para viajar pela Ásia e Oceania

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Scenic view Bay of Islands, North Island, New Zealand

Margaret River e Austrália Ocidental

A costa australiana mais desconhecida Os que visitam a Austrália pela primeira vez costumam se dirigir à costa oriental (de Sidney à Grande Barreira de Coral) e ao sul, Melbourne e seus arredores. Mas a Austrália é um continente: a espetacular costa Ocidental vale uma viagem por si só e, principalmente, pelas desconhecidas paisagens ao sul de Perth. De Margaret River ao sul do Estado se estendem costas de um oceano de azul intenso. E além da areia, entre florestas e terras agrícolas povoadas de cangurus, se encontram algumas das cervejarias e restaurantes mais famosos do país. É o momento de descobrir essa outra face da Austrália, com festivais gastronômicos e culturais, surfe de primeira qualidade, baleias em abundância e possibilidades de excursões pela costa. Só é preciso colocar o pé na estrada: a três horas de carro ao sul de Perth se encontra Margaret River, com locais fantásticos para a prática de surfe e natação. E a partir daqui, em quatro horas você encontra paisagens selvagens e inspiradoras: locais como Greens Pool, em Denmark, e Little Beach, no parque nacional Two Peoples, próximo de Albani. E, ainda mais ao sul, Esperance (na imagem) e a baía Lucky compensam todas as horas ao volante.

Shikoku

Caminhos de peregrinação no Japão Shikoku é a quarta maior ilha do Japão, mas é conhecida principalmente por seus 88 templos sagrados, que estão lá há 1.200 anos. É a peregrinação mais famosa do país, um local recôndito que começa a ser descoberto pelos viajantes não japoneses graças em parte a um maior número de voos internacionais que chegam às principais cidades da ilha: Takamatsu e Matsuyama. Em novembro, além disso, Naoshima e outras 11 ilhas receberão o Setouchi Triennale Arts Festival. Mais uma razão para visitar a ilha e explorar atrações como o recôndito vale de Iya, os redemoinhos de Naruto, os mercados do castelo de Kochi – na imagem – e de Hirome, o Dogo Onsen de Matsuyama e subir ao pico sagrado do xintoísmo, o monte Ishizuchi. Alguns até se animam a colocar o pé na estrada para fazer a peregrinação budista dos 88 templos: um total de 1.400 quilômetros que nos mostram o Japão mais autêntico. Uma imagem típica: a do peregrino vestido de branco que caminha de templo em templo. Para se transformar em um deles (‘aruki henro’, peregrino caminhante) é preciso calcular uns 60 dias para completar o circuito, ainda que existam minicircuitos de um dia a alguns dos templos. O viajante menos aventureiro também pode apreciar os jardins históricos, uma magnífica cozinha regional e os prazeres modernos das grandes cidades.

Bay of Islands e Northland

O berço da Nova Zelândia O Norte da Nova Zelândia não tem nada ver com o restante do país. Aqui não há vulcões, gêiseres, geleiras e fiordes, e sim longuíssimas praias para surfistas, várias ilhas e florestas de árvores gigantes. E, além disso, muita história: aqui está o berço da cultura maori e as primeiras histórias de colonos europeus. Ambos assinaram formalmente o Tratado de Waitangi em Bay of Islands, e o 180° aniversário será comemorado em 2020 de forma especial em Waitangi coincidindo com o Dia Nacional da Nova Zelândia. Nesse mesmo dia será inaugurado um novo museu dedicado ao batalhão maori que combateu nas duas guerras mundiais. O Norte é para os neozelandeses sua área de férias na praia, que aqui são extensas e quase desertas. E aproveitando a ocasião é possível admirar o encontro de oceanos no Cabo Reinga, prestar homenagem aos colossais kauris centenários da floresta de Waipoua (na imagem), descobrir as ilhas Poor Knights, atravessar a Baía das Ilhas e se apaixonar por muitas de suas ilhas paradisíacas e surfar sobre as enormes dunas da remota e interminável praia de areia Ninety Mile Beach. Na região sul podemos nos ensopar com a relaxada atmosfera da localidade surfista de Mangawhai Heads e, evidentemente, mergulhar na história e cultura, tanto maori como colonial, em Waitangi Treaty Grounds, o enclave histórico mais importante do país, um promontório coberto de grama onde em 6 de fevereiro de 1840 os primeiros 43 chefes maoris assinaram o Tratado de Waitangi com a Coroa Britânica.

Singapura

Banca de ‘street food’ com estrela Michelin Em 2019 a cidade do Leão, como é chamada, comemora seu bicentenário como cidade moderna, enquanto se orgulha de mais de 700 anos de uma rica e diversificada história. O aeroporto de Changi é um dos grandes ‘hubs’ da aviação, uma porta de entrada ao sudeste asiático visitada por milhões de passageiros por ano. E são muitos os que fazem uma parada para conhecer um pequeno e hipermoderno país, e no extremo da península malaia. O próprio aeroporto é uma boa introdução a sua paixão pela arquitetura, que pode continuar com a visita ao recém-inaugurado e futurista terminal Jewel e ao renovado Hotel Raffles, um clássico colonial que agora volta a ser o luxuoso alojamento que sempre foi. Mas se existe algo que caracteriza Singapura é a gastronomia, que aqui se transforma em uma obsessão: de bancas de comida de rua (algumas, como o Hong Kong Soya Sauce Chicken Rice & Noodle, com estrela Michelin – na imagem –) até jantares deliciosos em restaurantes que estão entre os melhores do mundo, como o Odette. Singapura exemplifica o sucesso asiático, com um dos PIB mais altos do mundo. E essa saúde econômica viaja acompanhada de uma rica cultura multirracial: podemos nos perder entre os vertiginosos arranha-céus do distrito financeiro central, ficarmos com a boca aberta com os ritmos de Bollywood na caótica Little India, atravessar a pé uma densa selva tropical na Reserva Natural de Bukit Timah, e, claro, nos perder no emaranhado de lojas da Orchard Road. Mas reservando um tempo para os mercados ao ar livre, ruidosos e cheios de gente entregue à autêntica obsessão nacional: comer e beber a preços baratos.

As Ilhas Cook

Praias envoltas em mares turquesa Os 15 pequenos atóis que formam as ilhas Cook, perdidos em um rincão do Pacífico Sul, são um desses destinos cada vez mais visitados, apesar da distância. Em Rarotonga, sua ilha principal, já não é incomum ver procissões de turistas que chegam nos cada vez mais numerosos voos internacionais. Chegam principalmente para relaxar em suas praias e resorts, e muitos também para provar algumas de suas propostas de aventuras e esportes ao ar livre, principalmente relacionadas aos seus transparentes recifes de coral, como o mergulho livre, que é quase esporte nacional. De Rarotonga (na imagem) é possível voar para descobrir uma joia como a ilha de Aitutaki, com uma laguna azul turquesa que alguns consideram a “mais bela laguna do mundo”. Mas esse destino vai além de suas praias e impressionantes lagunas: é possível tomar cerveja caseira em um típico ‘tumunu de Atiu’ (Clube de bebedores de cerveja), explorar os antigos recifes de coral e os campos de taro da ilha de Mangaia e nadar através da vegetação das cavernas subterrâneas de Mitiaro e Ma’uke. E para quem quer se sentir ainda mais afastado da civilização, as ilhas do norte foram visitadas por poucas pessoas; mas não é fácil (e barato) chegar lá.

Centro do Vietnã

As maiores cavernas do mundo e outras experiências vietnamitas Há duas cidades no Vietnã que reúnem o interesse dos milhões de turistas: a cidade de Ho Chi Minh (a antiga Saigon), moderna e cheia de energia, e a histórica e mais relaxada Hanói. Mas entre ambas, fica uma das regiões mais variadas do país a se descobrir, centrada em torno de Hué, a capital dos imperadores Nguyen. Palácios e pagodes, tumbas reais e templos, cultura e cozinha, história e elegância… Não faltam méritos a Hué para ser patrimônio mundial da Unesco desde 1993. Sua gastronomia é a herança do legado imperial e em seus históricos becos de Hoy An é possível degustar algumas das delícias locais, como os aromáticos macarrões ‘cao lầu’. Outro dos pontos mais interessantes dessa área central do Vietnã é Da Nang. Sempre foi uma cidade de provinciana, mas nas últimas décadas se transformou e se encheu de hotéis, restaurantes, pontes espetaculares e até um aeroporto internacional inaugurado em 2012. É um ponto de partida para se conhecer outros lugares como o Golden Bridge, na vizinha estação de montanha de Ba Na, o parque nacional de Phong Nha-Ke Bang, com suas cavernas, matas e rios para os viajantes mais aventureiros, e Hoy An, nas proximidades, possivelmente a cidade com mais ambiente e encanto no Vietnã. O centro histórico desse antigo porto conserva as casas de comerciantes japoneses, templos chineses e antigos armazéns de chá, conservados e transformados em restaurantes, bares e alfaiatarias. A vida mudou pouco aqui e com algumas excursões podemos apreciar as paisagens mais bucólicas e cativantes do país. Na imagem, duas mulheres trabalham secando incenso ao sol em Hanói.

Fiji

O paraíso dos Mares do Sul Em 10 de outubro de 2020, Fiji comemorará o 50° aniversário de sua independência, e já está preparando uma semana cheia de eventos em que estão incluídas ‘meke’ (dança do fogo), música de ukelele e ‘lovo’ (comida cozinhada em fornos tradicionais enterrados). Com suas praias bordeadas de palmeiras, seus recifes cheios de peixes e seus habitantes sorridentes, sempre foi considerado um dos destinos mais icônicos dos Mares do Sul e a imagem do paraíso, esse que só é preciso ficar o dia inteiro de maiô e se deixar seduzir por sua beleza. O mais importante de Fiji nos últimos tempos é sua aposta pela sustentabilidade, o ecoturismo é uma prioridade absoluta: os resorts funcionam com energia solar e servem comida elaborada com ingredientes da cultura local, há projetos de recuperação dos recifes de coral e limitações no uso de plásticos. Nesse arquipélago com mais de 300 ilhas para escolher, com suas correspondentes praias para estender a toalha, dois terços da população vivem nos centros urbanos, especialmente em Suva, a capital, e o porto de Lautoka, ambos na ilha de Viti Levu (na imagem). Para ver como Fiji foi em outros tempos existe Navala, em um vale das terras altas de Nausori, em Viti Levu. É o povoado mais espetacular e o último bastião da arquitetura tradicional. O restante são ilhas pouco povoadas, algumas remotas, como as Yasawa, com suas lagunas cristalinas e seus povoados recônditos. A parte mais atrativa de Fiji é a submarina: a visibilidade da água pode superar os 40 metros de profundidade, e sob o mar existem enormes tubarões cabeça-chata, grandes recifes e corais impressionantes. De modo que é um destino perfeito para o mergulho.

Palawan (Filipinas)

Pôr do sol no paraíso Ainda não é o destino mais visitado do sudeste asiático, mas entre os mergulhadores as Ilhas Palawan são bem conhecidas. Cada vez existem mais rotas aéreas a partir da Europa e estradas melhoradas para chegar a essas ilhas da parte ocidental das Filipinas, com paisagens costeiras intactas e espetaculares e florestas cheias de vida selvagem. Palawan, na ilha principal, tem uma forma estreita e alongada (650 quilômetros de comprimento), com uma sucessão de imponentes baías que levam aos penhascos calcários de El Nido (na imagem) e à baía de Bacuit, com paisagens marinhas equiparáveis às melhores do sudeste asiático. Puerto Princesa é a capital culinária e a principal entrada aos campos e ao oceano, mas quase todos os viajantes vão diretamente ao norte, a El Nido e Corón, uma região cheia de enseadas, praias isoladas e ilhas labirínticas em frente à costa. Quase tudo parece ser dedicado ao mergulho. Se El Nido pode parecer um paraíso mochileiro, não são menos interessantes outros destinos emblemáticos como a Grande Laguna da ilha de Miniloc (agora com novas regras que regulamentam o número de visitantes) e, ao sul de El Nido, Port Barton, outro paraíso ao mochileiro, e o emergente San Vicente, com um novo aeroporto.

Pequim

Disparada rumo ao futuro O mais chamativo da capital chinesa é a velocidade vertiginosa de suas mudanças. Para os turistas, as atrações de Pequim continuam sendo as mesmas de sempre: o recinto palaciano da Cidade Proibida (o maior do mundo), o templo dos Lamas, a Grande Muralha e os estreitos becos antigos dos ‘hútòngs’, transformados agora em área com bares da moda. Mas além disso existem muitos edifícios novos, alguns tão controversos como o Centro Nacional de Artes Cênicas, que alguns comparam a um ovo e outros com um silo de mísseis ultramoderno. A cidade também trabalha para combater o ‘smog’, a colossal poluição que ameaça toda a sua população: lançou um sistema ecológico de bicicletas compartilhadas e amplia as linhas de metrô para reduzir o congestionamento do trânsito. Na mesma linha, se expandem as conexões de alta velocidade que logo transportarão os passageiros diretamente do centro ao incrível Beijing Daxing International (na imagem), o maior aeroporto do mundo, com formato de estrela do mar, projetado por Zaha Hadid. Deve ser inaugurado no final de 2019. Também serão inaugurados em breve os espaços que abrigarão os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 e os novos Universal Studios em 2021.

Camboja

Além de Angkor Wat O Camboja comemora quase duas décadas de paz e se prepara para se transformar em um destino turístico de primeira grandeza. Quase todos os viajantes que viajam hoje ao Camboja o fazem para visitar os templos de Angkor Wat. É a joia do país, a oitava maravilha do mundo e um dos lugares da terra com maior concentração de mochileiros por metro quadrado, como é possível ver nas ruas de Siem Reap, o centro logístico para ver Angkor. O atrativo dessa maravilha não mudou, mas o Camboja sim e de maneira bem rápida. Na capital Phnom Penh crescem os hotéis, os bares nos terraços e os restaurantes modernos, em uma cidade que sempre se orgulhou de sua vida noturna, especialmente ao lado do rio. No sul, as ilhas se transformam graças aos novos resorts de luxo e em cidades como Battambang e Kampot os vestígios da época colonial são recuperados. Os viajantes podem agora descobrir áreas mais remotas, como Koh Kong e Mondulkiri, em que a observação da fauna permite sair das rotas mais turísticas. Toda essa mudança tem a participação decisiva do surgimento de novas linhas aéreas com voos entre Siem Reap e a costa sul, com hidroplanos que levam os passageiros diretamente às ilhas. E com tudo isso, o Camboja continua sendo um país muito mais tranquilo e menos turístico que seus vizinhos Tailândia e Vietnã, um local onde se conserva a cultura tradicional e um espírito muito particular. Na imagem, o parque nacional Cardamom, na província de Koh Kong (Camboja).

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