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Rio tem menor número de homicídios e recorde de estelionatos em julho

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Propostas sobre proteção de dados pessoais são debatidas no Congresso

O estado do Rio de Janeiro teve, em 2020, o menor número de homicídios dolosos para o mês de julho em 30 anos. A informação foi divulgada hoje (17) pelo Instituto de Segurança Pública. Segundo o órgão, 255 pessoas foram vítimas desse crime no mês passado, número 19% menor que o de julho de 2019.

Já o crime de estelionato atingiu o maior patamar já registrado, com 6.058 casos. Na comparação com julho do ano passado, o aumento foi de 67%. A alta se deu por conta do crescimento de golpes no ambiente virtual, que foi quase cinco vezes maior. Em julho de 2019, houve 339 casos de estelionato na internet, contra 1.616 em julho de 2020.

O governo do estado do Rio de Janeiro alerta que os dados sobre a criminalidade nos meses de março, abril, maio, junho e julho sofreram impacto do distanciamento social adotado para conter a pandemia de covid-19. Segundo o boletim, o distanciamento ajudou na redução da criminalidade e provocou subnotificação, com a diminuição dos registros de ocorrência.

Crimes contra a vida

De janeiro a julho, o número de homicídios dolosos notificados foi 10% menor que nos mesmos meses do ano passado. Foram 2.153 casos, contra 2.403 em 2019.

Se somados os roubos seguidos de morte e as lesões corporais seguidas de morte, o total de vítimas de janeiro a julho subiu para 2.219, número que continua 11% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

As mortes por intervenção de agentes do Estado também caíram tanto no acumulado do ano quanto na comparação mensal. Em julho de 2020, 50 pessoas foram mortas por agentes do Estado, número que é 74% menor que o de 2019. Quando considerado o acumulado desde janeiro, o número de mortes soma 825 e fica 24% menor que o do ano passado.

Violência contra a mulher

Desde o decreto de isolamento social no estado do Rio de Janeiro, em 13 de março, houve queda nos registros de violência contra a mulher em delegacias. Apesar disso, o ISP destaca que cresceu, de 57,4% para 66,6%, a proporção de crimes de violência sexual cometidos dentro da casa das vítimas. O mesmo movimento se deu nos crimes de violência física – de 60,1% para 66,4%.

O registro de crimes tipificados pela Lei Maria da Penha em delegacias caiu 35,3%. A queda nas notificações foi observada em todas as formas de violência, segundo o levantamento do ISP: 50,8% no número de mulheres vítimas de violência moral; 49,4% no de violência patrimonial; 45,5% nas vítimas de violência psicológica; 34,6% nas de violência sexual; e 34,2% nas vítimas de violência física.

Apesar disso, o Serviço 190 da Polícia Militar registrou um aumento de 13% nos casos de crimes contra a mulher. Já na Central de Atendimento do Disque Denúncia, houve redução de 17,2%.

Apesar de ter caído 10% em relação a julho do ano passado, o número de crimes com vítimas mulheres cresceu 19% na comparação com junho de 2020. O mês de julho teve oito feminicídios registrados no estado do Rio de Janeiro, três a mais que no ano passado, e o número de estupros está bem próximo do que o que foi registrado em julho de 2019 – foram 330 casos em julho deste ano e 336 no mesmo mês do ano passado.

Roubos

O ISP também informa que as ocorrências de roubo tiveram queda em julho, sendo 40% para os roubos de rua, 43% para os roubos de veículos e 21% para os roubos de carga. Houve ainda 34 roubos seguidos de morte no estado, seis a menos que no mesmo período ano passado.

O mesmo se deu com os dados acumulados desde janeiro: os roubos de rua caíram 42% em relação aos mesmos meses do ano passado; os de veículos, 37%; e os de carga, 34%.

Fonte: Agência Brasil

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