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Regiões com gelo são identificadas no hemisfério norte de Marte

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Desde 2015, a Nasa vem trabalhando com cientistas e engenheiros para identificar onde estariam os locais de Marte com maior probabilidade de ter depósitos de gelo acessíveis. Os primeiros resultados desse estudo foram publicados na última segunda-feira (8) na revista Nature Astronomy.

“O objetivo do [projeto] SWIM [Subsurface Water Ice Mapping] é fornecer mapas de potenciais depósitos de gelo enterrados para apoiar a seleção de locais de pouso humanos”, explica Gareth A. Morgan, cientista sênior do Instituto Planetário de Ciência, nos Estados Unidos, e principal autor do artigo. Segundo ele, o gelo é um recurso crítico que tem muitos usos, como geração de água para consumo humano, cultivo de plantas para alimentação, além de geração de metano e ar respirável. “Mas o mais importante é fornecer combustível para a viagem de volta à Terra ”, ressalta Morgan, em comunicado.

De acordo com o cientista. o desafio é localizar gelo em uma latitude que seja propícia para um local de pouso humano. “Estudos anteriores mostraram que o gelo enterrado a 3 metros da superfície deve ser estável no clima atual em latitudes acima de 50 graus em cada hemisfério, mas essas regiões são mais frias e sujeitas a longas temporadas de noites prolongadas”, explica. Latitudes mais baixas são mais quentes, têm duração de noite mais controlável e muita radiação solar para geração de energia.

Focalizando uma porção significativa do hemisfério norte de Marte, o mapa de consistência de gelo feito pela equipe indica que amplas regiões das latitudes médias, em direção ao equador da atual zona de estabilidade do gelo rumo ao norte, exibem evidências de material congelado. Ele está enterrado em profundidades que variam de alguns centímetros a cerca de 1 quilômetro.

“Nossa metodologia utiliza cinco técnicas independentes de sensoriamento remoto: espectroscopia de nêutrons, análise térmica, análise de superfície de radar, análise de composição (dielétrica) de subsuperfície de radar e mapeamento geomórfico de feições periglaciais”, explica Morgan. Segundo ele, na análise de cada um desses cinco conjuntos de dados, tenta-se isolar propriedades distintas da subsuperfície que fornecem indícios da presença ou ausência de gelo.

De acordo com o coautor Nathaniel Putzig, os resultados apontam para estudos adicionais em resolução mais alta com conjuntos de dados existentes e futuros que serão necessários para selecionar os locais mais promissores a receberem humanos.

Fonte: Galileu

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