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Nasa divulga imagem de impressionantes dunas azuis e amarelas em Marte

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No último dia 7 de abril, a espaçonave mais antiga enviada para Marte completou 20 anos de viagem ao Planeta Vermelho. Batizada de Mars Odyssey, a sonda foi a primeira a trazer respostas sobre a possibilidade de vida microbiana antiga no planeta — e continua mapeando o local até hoje. Para comemorar o seu aniversário, a Nasa divulgou uma imagem um tanto curiosa captada pela nave veterana: um mar de dunas de cor azul brilhante.

Cobrindo uma área de cerca de 30 quilômetros, a imagem mostra “um mar de dunas escuras, esculpidas pelo vento em longas linhas, circunda a calota polar norte de Marte e cobre uma área tão grande quanto o Texas”, descreve a agência norte-americana em comunicado oficial sobre o registro. Em solo marciano, o local pode ser encontrado a 80,3 graus de latitude norte e 172,1 graus de longitude leste — mas não com as mesmas cores.

A foto que salta aos olhos por seu azul marcante é, na verdade, resultado de uma combinação de imagens captadas entre dezembro de 2002 e novembro de 2004 pelo Sistema de Imagem de Emissão Térmica (THEMIS), equipado no orbitador do Mars Odyssey. Foi a partir do instrumento que os pesquisadores da Nasa conseguiram mapear pela primeira vez a composição física do solo de Marte, além de determinar como esses componentes são aquecidos e resfriados ao longo de um dia marciano.

Assim, apesar de sintéticas, as cores da fotografia têm significado científico. Receberam diferentes tonalidades de azul as áreas mais frias das dunas marcianas – quanto mais azuladas, menores são as temperaturas na região. Aquecidas pelo Sol, por sua vez, estão as dunas que se encontram tingidas numa escala entre o amarelo e o vermelho.

Desde que a Odyssey começou a explorar o Planeta Vermelho, em 24 de outubro de 2001 – data de pouso da sonda –, o THEMIS já enviou à Terra mais de 1 milhão de imagens do solo marciano. Segundo a Nasa, os registros não só conduziram os cientistas ao mapeamento das redes de vales e crateras marcianos, mas também à localização de arenito, rochas ricas em ferro e sais do planeta, o que ajuda a fornecer uma visão mais profunda sobre a história de Marte.

A partir do sistema, a agência espacial norte-americana também conseguiu identificar regiões com características topográficas que poderiam representar um perigo para os humanos, o que ajudará a garantir a sobrevivência de futuros astronautas no Planeta Vermelho – uma das ambições da Nasa para as próximas décadas.

O rover Perseverance, que pousou em Marte no último dia 18 de fevereiro, não ficou fora da lista de projetos que, direta ou indiretamente, fizeram uso dos dados da nave veterana.  Segundo a Nasa, a Odyssey ajudou os pesquisadores a decidirem o local de pouso do robô principiante. “É difícil calcular como o mapa global [fornecido pelo] THEMIS preencheu lacunas em nosso conhecimento”, diz Laura Kerber, cientista assistente do projeto Odyssey, em nota.

Fonte: Galileu

 

 

 

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