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Ministro da Ciência e Tecnologia se queixa do corte de verbas

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O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, usou a palavra ‘estrago’ ao mencionar o Orçamento de 2021 e os cortes que atingiram sua pasta.

“Estamos trabalhando com o orçamento do ano que vem, vendo o que que a gente vai fazer a respeito do orçamento nesse ano, um estrago, vamos chamar assim e realmente foi muito comprimido esse orçamento”, disse Pontes, durante uma live em seu perfil no Instagram.

Pontes disse que vai se reunir com sua equipe ao longo da semana para decidir que projetos serão continuados, os que vão ter que esperar e os que serão cortados.

“É chato falar isso, mas é fato, porque tem certos tipos de projeto que sem orçamento eles têm um hiato e esse hiato mata o projeto. Pesquisa não é uma coisa que você pode ligar e desligar a chave assim, de uma hora para a outra. Isso não existe.”

Pontes anunciou em março uma candidata a vacina contra a Covid-19 apoiada pelo governo federal. O estudo é apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio de contratação de grupo de pesquisa.

“Por que estou tão preocupado com orçamento? Coisas essenciais neste momento como vacina nacional, centro nacional de vacinas, como remédios nacionais, dependem, obviamente, de orçamento. Não dá para fazer isso sem orçamento. Nós já estamos fazendo no Brasil um valor de investimento que é menos de um décimo do que foi investido nos outros países no desenvolvimento dessas vacinas que estão por aí que não são de segunda geração, como a nossa, são de primeira geração. Com a categoria de nossos pesquisadores a gente consegue fazer coisas que são extraordinárias.”

O ministro se dirigiu ao Congresso para pedir atenção à Ciência e Tecnologia quando se falar em recursos para a saúde. “Quando se fala em investimento em saúde, o pessoal só pensa no Ministério da Saúde. É um erro, porque se você verificar, a Ciência e Tecnologia aplicada à saúde é muito importante também, aliás, é daqui da Ciência e Tecnologia que saem novas vacinas, novos equipamentos, inovações. Vai uma dica para o Congresso Nacional. Quando falar em orçamento para saúde, lembre de incluir também a Ciência e Tecnologia.”

Pontes destacou que todos os países desenvolvidos investiram de forma “constante e estável” em ciência, tecnologia e inovação. “Recurso para educação, ciência e tecnologia não é gasto, é investimento.”

Fonte: G1

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