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Cientistas desenvolvem LED que reduz brilho azul e não perturba o sono

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Cientistas desenvolvem LED que reduz brilho azul e não perturba o sono (Foto: Jakoah Brgoch)

Se, por um lado, as lâmpadas de LED (diodo emissor de luz) consomem menos energia e têm maior duração do que as incandescentes, por outro, elas apresentam uma característica não tão vantajosa: a emissão de luz azul, que está associada a problemas nos olhos e a distúrbios de sono. Mas, no futuro, talvez esse não seja mais um problema.

Desenvolvido por cientistas da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um novo protótipo de LED poderá estar disponível no mercado nos próximos anos. A tecnologia foi pensada para amenizar os prejuízos causados pela exposição contínua ao brilho azul, como a formação de catarata, a disrupção na produção de hormônios indutores do sono e o aumento de insônia e fadiga.

Para entender o mecanismo, vale compreender primeiro como funciona o LED. Dentro da lâmpada, um chip de LED converte as correntes elétricas em luz de alta energia, incluindo ondas ultravioletas (UV), violetas e azuis. Para que isso aconteça, é necessária a atuação de fósforos, que são substâncias fosforescentes presentes na tampa do chip.

Cada fósforo converte luz de alta energia em comprimentos de onda que são visíveis e menos energéticos, emitindo assim cores diferentes. Juntas, elas produzem um espectro de luz branca. Atualmente, as lâmpadas comercializadas utilizam LED azul e fósforos que emitem amarelo e, por isso, o resultado final é essa luz branca, brilhante e fria.

Para criar uma lâmpada de LED com uma luz branca mais quente e apropriada para o uso noturno, Jakoah Brgoch e Shruti Hariyani, do Departamento de Química da Universidade de Houston, sintetizaram um novo fósforo que contém um elemento conhecido como európio.

Os resultados dos testes foram publicados no periódico ACS Applied Materials & Interfaces e indicam que, aliado a fósforos que emitem vermelho e verde, o fósforo com európio pode funcionar em LED violeta. No experimento, os pesquisadores foram bem sucedidos e conseguiram obter a luz branca mais quente, assim minimizando a intensidade da azul.

Além disso, o protótipo revelou as cores dos objetos de forma semelhante àquelas obtidas com a luz natural do dia. Hariyani e Brgoch ressaltam que, apesar de promissora, ainda são necessários mais estudos para que a invenção esteja pronta para ser comercializada e utilizada no dia a dia.

Fonte: Revista Galileu | Globo

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