Cada vez mais empresas assumem compromissos com a sustentabilidade. Nesta quarta-feira (6), o Google anunciou novas medidas que visam contribuir na prática para reduzir emissões de carbono em todo mundo. A empresa global de tecnologia também se comprometeu a garantir operações 100% livres de carbono até 2030.
Veja a seguir os principais anúncios feitos pela companhia:
Rota sustentável
Entre as principais novidades está uma nova funcionalidade no Google Maps, em que as opções de rotas sugeridas levarão em conta não só o tempo de viagem, mas também o consumo de combustível. Já disponível nos Estados Unidos e, a partir de 2022, também na Europa, o serviço mostrará duas opções de caminhos: o mais rápido e o mais eficiente para economizar combustível (quando este não for também o mais rápido).
O Google estima que rotas ecologicamente corretas têm o potencial de evitar mais de 1 milhão de toneladas de emissões de carbono por ano. “Isso é o equivalente a remover mais de 200 mil carros das estradas”, afirma a companhia, em nota.
Outra nova função do Maps são informações em tempo real sobre a disponibilidade de bicicletas e patinetes disponíveis para compartilhamento. Em 300 cidades do mundo — incluindo São Paulo — o serviço já está disponível a partir de hoje.
Para os próximos meses, podemos esperar também uma navegação específica para ciclistas. Quem circula pela cidade de bicicleta poderá acessar informações da rota com maior facilidade, sem precisar manter a tela do smartphone ligada o tempo todo ou ver passo a passo o caminho indicado. “Em um piscar de olhos, você pode acompanhar o andamento da viagem, ver a atualização do tempo estimado de chegada em tempo real e até mesmo saber a elevação da sua rota para manter o foco onde precisa estar — na pista”, diz o Google em comunicado.
Sinais inteligentes
A companhia também anunciou o início de uma pesquisa que vai usar inteligência artificial (IA) para otimizar a eficiência de semáforos. “Em vez de medir e calcular manualmente os tempos, um de nossos grupos de pesquisa de IA encontrou uma maneira de calcular com precisão a condição e o tempo do tráfego, na maioria dos cruzamentos em cidades ao redor do mundo”, revela o Google.
Por enquanto, o método foi testado em quatro locais em Israel, e uma redução de 10% a 20% foi observada no consumo de combustível e no atraso do sinal. Novos testes estão previstos no Rio de Janeiro e em outras cidades do planeta.
“Esse projeto é um grande avanço para a mobilidade da cidade. A combinação entre dados e tecnologias do Google, como o Google Maps, e informações da CET-Rio vai permitir melhorar os tempos dos sinais da cidade com mais agilidade e, assim, o cidadão ficará menos tempo preso no trânsito”, comenta o prefeito Eduardo Paes, em nota disponibilizada pelo Google.
Informações do clima
No final de outubro, ao buscar informações sobre as mudanças climáticas em inglês, francês ou espanhol, será possível acessar uma página com dados aprofundados e seguros, de fontes como a Organização das Nações Unidas (ONU), acerca do tema. “De ações a causas, efeitos e definições, nossos painéis de informações ajudarão os usuários a se envolverem mais profundamente nas mudanças climáticas e na sustentabilidade”, diz o Google.
Nos Estados Unidos, as buscas por carros elétricos também virão acompanhadas de informações úteis para quem quiser comparar os modelos ou saber o tempo de carregamento, por exemplo. No futuro, essa funcionalidade será expandida para outros países.
Voo consicente
O transporte aéreo é uma das maiores fontes de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera. Por isso, a partir desta quarta-feira (6), o Google Flights vai informar a estimativa de emissão de dióxido de carbono (CO2) para os voos. A novidade vale para o mundo todo, e será possível comparar os trajetos mais “limpos” daqueles mais poluentes. Um selo será destacado junto aos voos com menos emissões.
“Essas métricas de CO2 não são apenas específicas para voos — elas também são específicas para cada assento. As emissões aumentarão para os assentos executivos ou de primeira classe porque ocupam mais espaço e, portanto, representam uma parcela maior das emissões totais”, define a empresa.
Para gerar essas estimativas, o Google usa dados fornecidos por terceiros, como as próprias companhias aéreas. Entre as informações estão tipo de aeronave e layout de assentos, por exemplo. “Em alguns casos raros, esses dados podem ser ligeiramente diferentes da realidade devido a vários fatores, incluindo uma troca tardia de aeronave durante as operações”, pondera a companhia de tecnologia.
Desde o último dia 22 de setembro, informações sobre sustentabilidade já estão disponíveis em todo o mundo ao pesquisar hotéis no Google. É possível checar quais estabelecimentos têm compromissos com a natureza as certificações e as medidas adotadas na prática — como menos produção de lixo, controle do uso da água e menor consumo energético.
Fonte: Revista Galileu