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Britânico vasculha lixões há 8 anos para recuperar R$ 2 bi em bitcoins

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Há oito anos, a rotina do engenheiro britânico James Howells não é mais a mesma. Visitas regulares a um aterro de Newport, no País de Gales, cidade onde vive com a família, passaram a fazer parte dos seu dia a dia. Lá, ele passa horas vasculhando uma área do tamanho de um campo de futebol repleta de pilhas de lixo, em busca de uma fortuna de cerca de R$ 2 bilhões armazenada em um pequeno disco rígido de computador que ele jogou fora em agosto de 2013.

A história de Howells, o homem que jogou uma fortuna em bitcoins no lixo, ganhou as páginas de alguns noticiários nas últimas semanas. Um artigo publicado na revista americana New Yorker relatou o começo dessa história, quando o engenheiro resolveu fazer uma limpeza em seu escritório e acabou descartando o HD que, conforme lembrava-se no momento, continha apenas alguns jogos, e-mails e músicas. Meses depois, lembrou-se que também estavam armazenados lá 7,500 bitcoins — que, hoje, valeriam cerca de US$ 357 milhões.

Desde então, Howells busca incansávelmente o HD descartado no lixão de sua cidade, na esperança de que não apenas irá encontrá-lo, mas de que o objeto também estará em condições de uso para recuperar a fortuna em bitcoins.

Recentemente, ele tentou incluir voluntários na busca. Reuniu algumas pessoas de sua cidade interessadas na caça ao tesouro e prometeu a elas que, caso encontrassem o disco com as criptomoedas, receberiam uma recompensa. Mas as autoridades de Newport estão colocando obstáculos à tarefa: afirmam que o risco de contaminação e danos ambientais são muito grandes e, por isso, não podem autorizar tantas pessoas a explorarem as montanhas de lixo.

Histórias parecidas com a do engenheiro britânico não são tão incomuns no universo das criptomoedas. A empresa Chainalysis revelou que cerca de 20% de todos os bitcoins que existem no mundo estão em carteiras virtuais que se perderam, como a de Howells, ou que estão inacessíveis porque seus donos esqueceram-se da senha de acesso.

Por não existir uma empresa ou reguladores por trás do bitcoin, apenas os donos da criptomoeda têm acesso a elas e não existe uma forma de recuperá-las de outras formas senão por meio das carteiras digitais onde estão criptografadas. Em outras palavras, se Howells não encontrar seu antigo HD no aterro de Newport, seus R$ 2 bilhões estarão perdidos para sempre.

Fonte: Galileu

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