Ao redor do mundo, somente pouco mais da metade das crianças com HVI (52%) estão recebendo tratamento adequado. Entre os adultos, essa taxa é de 76%. Os dados foram levantados pelo último update global do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Frente a esse grave problema, a UNAIDS se uniu à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a entidades civis para uma ação, intitulada Aliança Global para Erradicar a AIDS em Crianças até 2030.
Foram estabelecidos quatro pilares de ação coletiva: 1) Acabar com a falta de tratamento para meninas e mulheres que vivem com HVI e estejam grávidas ou amamentando – otimizando o tratamento contínuo; 2) Prevenir e detectar novas infecções por HIV entre meninas e mulheres que estejam grávidas ou amamentando; 3) Aumentar a acessibilidade a testes, tratamentos e cuidados para crianças e adolescentes expostos ao HVI ou diagnosticados com o vírus; 4) Dar atenção a direitos, equidade de gênero e às barreiras estruturais que dificultam o acesso a serviços.
Nesta primeira fase, doze países já fazem parte da aliança: Angola, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Quênia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Uganda, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
O lançamento da aliança aconteceu na última Conferência Internacional da AIDS, realizada no Canadá. Na ocasião, a ativista Limpho Nteko, de Lesoto, falou sobre sua atuação no programa mothers2mothers, dedicado a erradicar a AIDS em crianças. Aos 21 anos, ela estava grávida do primeiro filho quando descobriu que tinha HIV.
“Temos que nos unir para acabar com a AIDS em crianças até 2030. Para sermos bem sucedidos, precisamos de uma geração de jovens saudáveis e bem informados que se sintam livres para falar sobre o HIV e para buscar os serviços e o apoio necessários para proteger a eles e a seus filhos contra o HIV. A mothers2mothers conseguiu eliminar a transmissão de HIV entre mãe e bebê dentre as pessoas que atendemos por oito anos consecutivos – mostrando que isso é possível quando nós deixamos as mulheres e as comunidades criarem soluções pensadas para suas realidades”.
Fonte: Galileu