Mulheres com obesidade e atletas de alta performance são as mais suscetíveis a não notarem a gestação.
Embora casos de mulheres que não sabiam que estavam grávidas e só descobrem na hora do parto apareçam com certa frequência nas redes sociais – e bombem em interações – o quadro, chamado de gravidez silenciosa, é bastante raro.
“Estima-se que acontece com uma em cada 2500 gestações”, explica Tatiane Boute, ginecologista e obstetra do Fleury Medicina e Saúde.
Em teoria, como qualquer gravidez, os casos “silenciosos” também aparecem em testes de farmácia.
Para garantir um resultado correto, a médica afirma que é muito importante seguir as orientações na hora do teste, que deve ser realizado com a primeira urina da manhã. Se ele for realizado ao longo do dia e a urina estiver muito diluída, pode ter um resultado falso negativo. Na dúvida, realize o exame de sangue.
Como é a barriga da gravidez silenciosa e quais mulheres podem passar pelo quadro
Pode haver ganho de peso sim, mas a aparência da barriga ao longo da gestação depende do biotipo – mulheres obesas ou que realizaram cirurgias como abdominoplastia podem não apresentar uma barriga tão saliente. De acordo com Boute, algumas mulheres acham que o aumento da barriga é causado por dieta inadequada ou doenças como mioma.
Outro perfil de mulheres que têm essa gravidez silenciosa com maior frequência, de acordo com o médico, são as atletas de alta performance. Essas mulheres também tendem a não ter ciclos menstruais regrados, e, além disso, às vezes têm abdomens mais fortes que fazem com que o aumento causado pela gestação não apareça com tanta facilidade.
Os riscos da gravidez silenciosa para a mãe e para o bebê
Além disso, alerta o médico, essa paciente pode precisar ser atendida no centro de um serviço de emergência na hora do parto, já que, nos casos de gravidez silenciosa, muitas mães só descobrem que esperavam um bebê na hora de dar à luz.
“Ela pode acabar em um local que não tem maternidade, pediatra ou UTI neonatal, então eventualmente o atendimento também para essa criança não pós-natal, talvez não seja o melhor possível”, complementa Hernandez.
Fonte: Revista Marie Clarie