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TDAH: respostas para as perguntas mais feitas no Google por brasileiros

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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico que afeta cerca de 5% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos últimos anos, com a popularização do tema, a taxa de pesquisas cresceu consideravelmente. Muitas pessoas, além de buscarem um profissional, depositam suas dúvidas também no Google.

Nos últimos 12 meses as perguntas mais feitas sobre TDAH foram, em primeiro lugar, “O que é TDAH?” e, em segundo, “como saber se tenho TDAH?”. No entanto, o questionamento sobre os sintomas passou por uma alta, sendo a pergunta com maior crescimento no Brasil em comparação aos últimos 12 meses (+120%). No último ano, Acre, Amapá e Roraima foram os estados que mais buscaram sobre o assunto.

O TDAH pode causar dificuldades significativas em várias áreas da vida, como na escola, no trabalho e nas relações sociais. Se o tema também despertou sua atenção, veja a seguir as 5 perguntas mais buscadas pelos internautas no Google — e a resposta para cada uma delas.

1. O que é TDAH?

 

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH é um transtorno neurobiológico que tem origem em causas genéticas. Normalmente a condição aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda sua vida. Os sintomas incluem dificuldade de concentração, desatenção, impulsividade e hiperatividade.

Por mais que o diagnóstico seja frequentemente realizado durante a infância, não é raro também ser feito posteriormente. Ele deve ser realizado por um médico psiquiatra, pediatra ou outro profissional de saúde (como neurologista e neuropediatra).

2. Como saber se tenho TDAH?

 

Um dos principais pontos é observar o comportamento da criança ou adulto com tarefas do dia a dia. Independente da idade, os sintomas são similares, no entanto, pela diferença na faixa etária, eles podem se manifestar de formas diferentes.

As crianças com TDAH, principalmente os meninos, se mostram muito agitados e inquietos, principalmente em ambiente escolar. Elas se movem pelo ambiente e sempre mexem nas coisas ao redor, como se estivessem “ligadas no 220”. Dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes também são constantes. Além disso, são facilmente distraídas com estímulos externos.

Nos adultos, apesar de ser reconhecido pela comunidade médica relativamente tarde, no ano de 1980, muitos estudos desde então vêm sendo realizados. Nesse público, o TDAH faz com que homens e mulheres tenham dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia e principalmente elencar as prioridades.

Com medo de não conseguir dar conta de tudo acabam deixando tarefas incompletas ou interrompem o que estão fazendo e começam outra atividade, esquecendo-se de voltar ao que começaram anteriormente. Com isso, acabam se sobrecarregando, o que resulta em estresse.

3. TDAH é uma doença?

 

Sim, é um distúrbio neurológico e, quando diagnosticado, precisa ser tratado com especialistas e medicamentos. Negligenciar essa condição pode prejudicar o desenvolvimento do funcionamento pessoal, social, acadêmico e/ou profissional do indivíduo.

“Existem dois tipos de diagnósticos: o categorial e o dimensional. O primeiro é bem simples: ou a pessoas tem determinada doença ou não. Não existe meio termo; por exemplo, hepatite. Porém, o segundo, como é o caso do TDAH, é diferente”, conta o médico. “Todos nós podemos apresentar características como impulsividade, distração ou se esquecer das coisas de vez em quando. Mas no caso de quem tem TDAH, essas características aparecem todas juntas, associadas, e em uma intensidade e frequência tal que comprometem, e muito, a vida do paciente”, completa.

4. O que é TDAH infantil?

 

O transtorno, ao contrário do que muitos pensam, não se resume a apenas “uma criança levada” ou “com muita energia”. Essas questões, de ordem biológica, afetam a maneira como os pequenos se desenvolvem. O Ministério da Saúde alerta que a impulsividade e o esquecimento são pontos cruciais da doença em crianças.

Muitas vezes, os sintomas só se tornam evidentes a partir do momento em que os pequenos começam a crescer e a ter mais independência, por exemplo, quando começam a ser avaliados no contexto escolar ou quando precisam se organizar para alguma atividade ou tarefa sem a supervisão dos pais.

Para crianças maiores, outro sinal comum são os erros em provas por distração (erram sinais, vírgulas, acentos). Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. Como a atenção é essencial para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como “esquecidas”, uma das principais queixas dos pais, segundo o ABDA.

As meninas têm menos sintomas de hiperatividade e impulsividade que os meninos, porém, são igualmente desatentas. Por não terem esse traço mais aparente, isso faz com que muitos acreditem que o TDAH só ocorre no sexo masculino — o que não é verdade. Para que um diagnóstico seja dado com exatidão, é necessário o trabalho de uma equipe multidisciplinar, incluindo pais, educadores e profissionais da saúde.

5. TDAH tem cura?

 

Não, porém, é uma condição que, com o tratamento adequado, permite que a pessoa afetada tenha uma vida plena e com bom desenvolvimento. O tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, psicólogos, psiquiatras, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador.

Alguns dos tratamentos incluem Terapia Cognitivo Comportamental com psicólogos. Em casos específicos em que há simultaneamente Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia), consultas com fonoaudiólogo são recomendadas.

Fonte: Revista Galileu

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