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Aluna de física se destaca nas redes com debates sobre astronomia e raça

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Ana Clara de Paula Moreira compartilha curiosidades sobre o espaço com milhares de seguidores pelos perfis “A Plêiade”, sem deixar de debater também questões sociais brasileiras. A jovem é graduanda do Instituto de Física da Universidade de São Paulo

Foi o livro Bilhões e Bilhões: Reflexões sobre a vida e morte na virada do milênio, do astrônomo estadunidense Carl Sagan, que fez a estudante Ana Clara de Paula Moreira, de 21 anos, se apaixonar pelos mistérios do Universo e as leis da natureza.

Nascida e criada em Diamantina (MG), Ana se mudou para São Paulo após conquistar uma vaga na graduação de Física da Universidade de São Paulo (USP). Hoje, ela está cursando o quarto ano da faculdade, faz iniciação científica em cosmologia e astropartículas — áreas que pretende seguir no mestrado — e está envolvida em dois projetos de divulgação científica.

Um deles é o Astrominas, iniciativa de pesquisadoras da USP que busca incentivar meninas a trilharem carreiras na ciência; e o segundo é A Plêiade, username pelo qual Ana é conhecida na internet. No Twitter (onde soma mais de 16 mil seguidores) e em outras redes sociais, ela compartilha sua experiência como universitária, além de curiosidades de física e astronomia e reflexões sobre questões raciais. “Não se vê muita mulher preta falando sobre ciências exatas — e a maioria das pessoas não liga para isso. Mas eu não posso passar despercebida por essas questões”, declara Moreira.
“Não dá pra falar apenas sobre o quão bonito é o Universo enquanto boa parte da população negra tem dificuldade de acessar o ensino superior e enfrenta maiores taxas de pobreza e violência”
— Ana Clara de Paula Moreira

Como jovem pesquisadora e ativista, a mineira tem entre suas principais inspirações Sônia Guimarães, primeira brasileira negra doutora em física, e as químicas e influenciadoras Kananda Eller (@deusacientista) e Bárbara Carine (@uma_intelectual_diferentona).

Fã de ficção científica, Ana também compartilha dicas de leitura em seus perfis, e acredita que pesquisa e divulgação deveriam andar lado a lado. “Me manter ativa nas redes me ajuda a estudar, já que eu tenho que realmente entender um assunto a fim de explicá-lo para outras pessoas. Dá mais força para continuar o curso também.”

De estrelas de nêutrons a aglomerados globulares, a universitária já publicou dezenas de vídeos e threads no Twitter explicando noções básicas e curiosidade sobre física e astronomia. Ela conta que o conteúdo que mais gostou de produzir foi uma retrospectiva dos principais eventos e descobertas sobre o espaço feitas desde 2015.

“Imagina que uma pessoa em coma desde 2015 acordasse agora e você fosse o responsável por dizer para ela os principais acontecimentos da astronomia no tempo em que ela ficou desacordada. Você conseguiria lembrar?”, desafia Ana Clara.

Veja quais foram os principais achados espaciais:

Onde seguir

 

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Fonte: Revista Galileu

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