Ken Counihan, um morador de Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos, foi salvo por alertas de saúde emitidos por seu Apple Watch. Em outubro de 2022, o relógio inteligente disse que sua quantidade de respirações por minuto estava mais elevada que o normal.
“Minha esposa me pediu para ligar para o meu filho e ele sugeriu que eu fosse ao ambulatório, fosse examinado, e foi o que eu fiz”, relatou Counihan ao canal de notícias norte-americano News 5 Cleveland.
Os médicos apenas fizeram um raio-X e deram ao paciente alguns remédios para bronquite. Como pensou que o Apple Watch havia apenas sinalizado alguma doença leve, o homem foi para casa, preparando-se para descansar.
Mas, então, seu relógio lhe deu mais um alerta, deixando claro que algo estava errado. O aviso dizia haver uma alteração no nível padrão de oxigênio em seu sangue. Este índice deve estar sempre acima de 90%, mas, em Counihan, começou a chegar na faixa dos 80%.
“Eram 22h horas da noite. Minha esposa estava muito preocupada. Meu filho estava muito preocupado”, recorda Counihan. “Eu estava tipo ‘Eu só quero ir para a cama. Estou cansado… e os dois estavam tipo ‘não, você tem que ir para o pronto-socorro’.”
Com os novos sinais indicados pelo Apple Watch, os médicos do pronto-socorro solicitaram mais exames. Desta vez, encontraram algo muito mais grave do que bronquite: “Eles me levaram de volta para a tomografia computadorizada e descobriram que eu tinha coágulos de sangue nos dois pulmões”, afirmou o paciente.
Se não detectado cedo o suficiente, os coágulos sanguíneos podem colocar em risco o paciente, levando-o ao óbito, conforme explicou Lucy Franjic, médica de emergência da Cleveland Clinic, ao News 5 Cleveland. A profissional contou a Counihan que, se ele tivesse ido dormir naquela noite, poderia não ter acordado na manhã seguinte.
Por sorte, a história teve um desfecho feliz. Desde a descoberta de seu problema de saúde com o auxílio do Apple Watch, Counihan toma anticoagulantes e está se sentindo muito melhor. Ele já usava o relógio por vários motivos, como atender ligações, monitorar seus treinos, tocar música e vigiar seu sono.
Franjic contou ao News5 Cleveland que dispositivos como o Apple Watch são usados por muitos pacientes, que chegam com informações que obtiveram por meio de seus relógios e aparelhos inteligentes.
Counihan tem três filhos e dois netos e espera ter mais netos nos próximos dois anos. “Só quero continuar aproveitando isso”, afirma o sobrevivente. “Tenho amigos que saíram e compraram um Apple Watch como resultado. Acabei de jantar com um amigo na outra noite… e ele está procurando um Apple Watch agora também. Salvou minha vida. É incrível.”