O telescópio James Webb registrou em detalhes a supernova Cassiopeia A, que é a explosão mais recente de uma estrela em nossa galáxia, ocorrida há 340 anos. As imagens foram divulgadas pela Nasa, a agência espacial norte-americana, e a ESA, a agência espacial da Europa, na manhã desta sexta-feira (7).
O fenômeno de morte de uma estrela é chamado de supernova e a nova imagem em infravermelho ajudará os astrônomos a analisar em detalhes essa morte. Ela tem sido amplamente estudada por vários observatórios terrestres e espaciais, que buscam melhor compreensão dos remanescentes da estrela.
A Cas A pode ajudar a responder qual a origem da poeira cósmica. De acordo com a Nasa, as observações feitas até agora descobriram que até mesmo galáxias muito jovens no início do Universo têm enormes quantidades de poeira, e a melhor maneira de explicar essa questão é estudando as supernovas, que expelem grandes quantidades de poeira.
Apesar de o telescópio não ser capaz de capturar imagens coloridas, os comprimentos de onda registrados pelo infravermelho foram traduzidos em comprimentos de onda de luz visível, fornecendo informações científicas que os pesquisadores estão apenas começando a desvendar.
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Essa é a supernova mais recente já registrada em nossa galáxia. — Foto: Reprodução/Nasa
Na parte de cima e à esquerda da imagem estão cortinas de material laranja e vermelho devido à emissão de poeira quente. Isso marca onde o material ejetado da estrela explodida está colidindo com o gás e a poeira cósmica que o rodeia.
No interior, os filamentos rosas e brilhantes representam o material da própria estrela, que brilha com a luz produzida por uma mistura de elementos pesados, como oxigênio, argônio e neon, além da emissão de poeira.
Supernovas como a que formou Cas A são cruciais para a vida, porque espalham elementos como o cálcio, presente nos ossos e no sangue.
A supernova Cas A se estende por cerca de 10 anos-luz e está localizado a 11.000 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Cassiopeia.
