Alex Garland “não tem planos para dirigir de novo” após o lançamento de Guerra Civil. O cineasta, cujos créditos também incluem Ex Machina, Aniquilação e Men, contou ao The Guardian que deve trabalhar somente como roteirista no futuro.
“Eu amo cinema, mas dirigir filmes não é uma atividade que existe em um vácuo. Ela existe na vida real, dentro de um contexto maior“, explicou. “E não estou falando só da pressão do dinheiro, mas da pressão criada pela confiança que as pessoas estão depositando em você”.
Garland citou o uso excessivo de efeitos especiais na indústria, além dos maus tratos sofridos por vários profissionais no contexto dos sets de filmagens, como motivos pelos quais é difícil carregar essa confiança.
“Por exemplo: em Ex Machina, Alicia [Vikander] e Sonoya [Mizuno] confiaram que as cenas de nudez que pedi para elas fazerem seriam usadas de forma inteligente e respeitosa… e o cinema, como regra, não costuma fazer isso com as mulheres“, comentou Garland.
Vale lembrar que, antes de estrear como diretor em Ex Machina, Garland já era conhecido como romancista e roteirista, com créditos como Extermínio, Sunshine: Alerta Solar e Não Me Abadone Jamais.
Guerra Civil se passa em um futuro distópico em que os Estados Unidos estão em conflito: 19 estados se separaram da União, e há um embate entre as Forças Ocidentais do Texas e da Califórnia e o poderio militar do governo federal estadunidense.
Kirsten Dunst vive uma fotojornalista que precisa navegar os perigos desta nova paisagem política dos EUA ao lado de um colega interpretado por Wagner Moura. Nick Offerman (Parks & Recreation) interpreta o presidente americano, enquanto Jesse Plemons (Fargo) é um soldado que cruza o caminho dos protagonistas.
Completam o elenco Wagner Moura (Narcos), Cailee Spaeny (Priscilla) e Jefferson White (Yellowstone). Guerra Civil estreia nos cinemas no Brasil em 18 de abril.