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Sistema descoberto com 4 exoplanetas e estrela é “laboratório ideal”

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telescópio TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), lançado pela Nasa em abril de 2018, está por trás de uma recém-descoberta estimulante para os astrônomos: quatro novos exoplanetas foram detectados orbitando uma estrela parecida com o Sol a pouco mais de 200 anos-luz da Terra.

Em razão da diversidade desses planetas e do brilho de sua estrela, o achado, liderado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e publicado no The Astronomical Journal em 25 de janeiro, é apresentado como um “laboratório ideal” para o estudo da formação e evolução planetária.

“Quando se trata de caracterizar atmosferas planetárias em torno de estrelas semelhantes ao Sol, este é provavelmente um dos melhores alvos que alguma vez obteremos”, comemora Tansu Daylan, pós-doutorando no Instituto de Astrofísica e Pesquisa Espacial Kavli do MIT e líder do estudo, em nota.

Apesar de apresentar semelhanças de tamanho e temperatura com a nossa Estrela-Mãe, a estrela hospedeira dos quatro exoplanetas identificados está relativamente mais próxima da Terra e, por isso, foi apontada pelos cientistas como “uma das mais brilhantes a abrigar pelo menos quatro planetas em trânsito”.

Batizado de TOI-1233, o corpo estelar hospeda um grande planeta rochoso interno (ou uma “superterra”) e três planetas externos gasosos um pouco menores que Netuno (conhecidos como “sub-Netuno”). De acordo com os dados captados pelo TESS, ainda, esses planetas vivem muito próximos de seu sol, com órbitas que variam de quatro a 19 dias, o que os torna extremamente quentes, com temperaturas médias de superfície alternando entre cerca de 371 e 815 ºC. Para os cientistas, é improvável que esses locais hospedem vida.

Um alvo para o telescópio James Webb

Como os planetas se originam de um disco de matéria em torno da mesma estrela, detectar corpos estelares que hospedam vários exoplanetas pode abrir novos caminhos para o estudo da formação e evolução do sistema planetário. É por isso que Dylan classifica a descoberta como “tirar a sorte grande”.

“Gostaríamos de entender os processos fundamentais de formação e evolução do planeta usando este sistema planetário, que atua como um experimento controlado”, explica o pesquisador.

Além disso, embora o TESS não possa caracterizar atmosferas planetárias, o telescópio é fundamental para identificar quais exoplanetas devem ser priorizados nos estudos atmosféricos por outros telescópios de alta resolução, como o Hubble e o James Webb, ambos da Nasa – este último, inclusive, com previsão de lançamento para outubro de 2021. Ao que tudo indica, os quatro novos exoplanetas serão alguns dos alvos do novo projeto da agência espacial norte-americana.

Fonte: Galileu

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