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A princesa e o xamã, o conto de amor da única filha do rei da Noruega

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No século XXI, as princesas não se casam mais com príncipes nem anunciam suas relações mediante pomposas solenidades reais. Um exemplo disso é Märtha Louise da Noruega, que revelou via Instagram sua relação com Shaman Durek, a quem dedica uma declaração nessa rede social acompanhada de uma foto de ambos. “Quando você encontra a sua alma gêmea, você sabe. E eu tive a sorte de ter conhecido a minha… Ele me fez perceber que o amor incondicional existe neste planeta… Sinto-me feliz e abençoada porque é meu namorado”, diz a filha única do rei Harald em seu texto. Separada há três anos do escritor Ari Behn e mãe de três filhos — Maud Angelica (16 anos), Leah Isadora (12) e Emma Tallulah (11) —, a princesa oficializou sua relação com esse guia espiritual com quem compartilha trabalho. E adverte: “Não escolho meu homem para satisfazer nenhum de vocês”.

O novo genro do rei da Noruega se define em suas redes sociais como “inovador evolutivo, líder do empoderamento feminino e ativista dos direitos humanos”. Conforme conta em sua biografia, Shaman Durek sofreu um problema de saúde aos 30 anos que o levou a estar clinicamente morto. Depois de superá-lo, iniciou sua carreira espiritual e se tornou um líder seguido por centenas de pessoas, entre elas a atriz Gwyneth Paltrow. Foi assim que Märtha Louise conheceu o seu novo parceiro amoroso. Agora fazem palestras juntos — sob o título A Princesa e o Xamã, eles têm conferências programas para os dias 20, 21 e 22 de maio em Oslo, Stavanger e Tromso (Noruega).

Märtha Louise já mostrou sua personalidade peculiar há algum tempo, quando se dedicou a cantar e a escrever contos infantis e disse ter a capacidade de se comunicar com os anjos. Sua cunhada, a princesa herdeira Mette Marit, corroborou seus poderes: “Tem umas mãos muito quentes. Muitas pessoas têm as mãos quentes e boas, mas ela tem um pequeno sol nas suas”.

Na época em que esteve casada com Behn, viveu um tempo em Londres para que ele pudesse desenvolver sua carreira literária. Com o título de Inferno, Behn publicou faz um ano um livro que falava de sua época na casa real norueguesa. Apresentou-o em um formato de 50 quadros, acompanhados de textos curtos que ilustravam o período posterior ao seu divórcio. É como um álbum ou um catálogo de arte terapêutica, segundo os críticos de seu país, que o qualificam como artista e celebridade em partes iguais.

Em um dos quadros recolhido no novo livro, uma dama em traje de gala, com tiara e faixa régia, perdeu o braço direito. Parece de carne e osso, mas a mão está suspensa no ar, e é de rosca, como a de um manequim. “Ahhh, esses royals. 100 golpes antes de ir embora. Se formos para o lado ruim, sou um palhaço. Visto com mais clemência, sou uma pessoa qualquer e um ator.” O escritor também se define como “corajoso, descarado, carente de equilíbrio, muito intenso e necessário”.

El País

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