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Cientistas nos EUA ensinam robô a responder a expressões faciais humanas

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Pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, criaram o robô EVA, que consegue expressar expressar até 6 emoções básicas (Foto: Universidade Columbia)

Emoções como raiva, nojo, medo, alegria, tristeza e surpresa são naturais e muito humanas. Agora, cientistas da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, criaram um robô capaz de “demonstrar” artificialmente todos esses seis sentimentos por meio de expressões faciais.

O EVA, como o aparelho é chamado, consiste em apenas um busto careca e azul. Ele tem “músculos” artificiais, compostos por cabos e motores que puxam e relaxam pontos de seu rosto. O objetivo do invento é imitar os ossos e 42 áreas musculares específicas da face humana.

“A ideia do EVA tomou forma há alguns anos, quando meus alunos e eu começamos a notar que os robôs em nosso laboratório estavam olhando para nós com olhos de plástico e arregalados”, recorda Hod Lipson, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Columbia, em comunicado.

A fabricação de peças do robô contou com o auxílio de impressão 3D e o resultado foi tão impressionante que surpreendeu os próprios cientistas no laboratório. “Certo dia, eu estava cuidando da minha vida quando EVA de repente me deu um grande e amigável sorriso”, lembra Lipson. “Eu sabia que era puramente mecânico, mas me vi sorrindo de volta por reflexo.”

O desafio de criar rostos robóticos e androides já vem de décadas. Antes, essas máquinas costumavam ser feitas apenas com metal e plástico rígidos demais para fluírem como tecidos humanos. O EVA, por outro lado, traz um novo elemento amigável entre tantos sensores e circuitos.

“O maior desafio na criação de EVA foi projetar um sistema que fosse compacto o suficiente para caber dentro dos confins de um crânio humano, embora ainda fosse funcional o suficiente para produzir uma ampla gama de expressões faciais”, conta Zanwar Faraj, estudante de graduação que liderou alunos envolvidos na construção do robô.

EVA foi fabricado por meio de impressão 3D e conta com inteligência artificial para demonstrar expressões humanas (Foto: Reprodução/Youtube/ Boyuan Chen)

O EVA conta ainda com um sistema de inteligência artificial encarregado de reconhecer as faces de seres humanos em tempo real e, assim, imitá-las.

Para que o robô faça isso, os cientistas utilizaram gravações de expressões humanas aleatórias copiadas por ele mesmo. Assim, eles conseguiram treinar o software de redes neurais da invenção, deixando que ele imitasse sua autoimagem e a combinasse com a face humana.

Por ora, EVA só é capaz de fazer mimetismo, portanto, não consegue expressar emoções naturais e espontâneas. Todavia, segundo os cientistas, a tecnologia é um passo a mais para criar máquinas simpáticas o suficiente para serem empregadas em locais de circulação de pessoas como hospitais, escolas e até mesmo residências.

“Há um limite para o quanto nós, humanos, podemos nos envolver emocionalmente com chatbots ou alto-falantes domésticos inteligentes”, afirma Lipson. “[Todavia] nossos cérebros parecem responder bem a robôs que têm algum tipo de presença física reconhecível”.

Veja abaixo um vídeo do robô EVA realizando suas expressões faciais:

Fonte: Revista Galileu | Globo

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