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Lupin | Atores e criador falam sobre Parte 2 “intensa” e filmagens na pandemia

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Foto: Divulgação

Lupin, assim como muitas produções originais da Netflix, foi um inesperado sucesso na plataforma, a primeira agradável surpresa de 2021. Sem perder tempo, o streaming já pretende disponibilizar a segunda leva de episódios já nesta sexta (11).

Antes disso, o criador George Kay e os atores Omar Sy (Assane Diop) e Ludivine Sagnier (Claire) se reuniram em uma coletiva de imprensa virtual para falar sobre os bastidores, as filmagens durante a pandemia da Covid-19, e também sobre o que esperar da volta do assaltante francês.

Uma intensa Parte 2

Entre “divertida” e “perigosa”, “intensa” foi o adjetivo mais usado pelo trio para descrever a volta de Lupin. Os cinco episódios adicionais prometem ação e drama, especialmente por se focar na relação de Assane com sua família após o ladrão ser consumido pela sua própria obsessão. O criador e o ator explicam que, dessa vez, o assaltante vive um conflito interno: como continuar sua jornada de vingança pelo pai quando corre os riscos de cometer os mesmos erros com seu filho?

Produção em tempos de pandemia

Após mais de um ano de quarentena, filmes e séries se tornaram uma excelente fonte de escapismo. O problema é que a indústria cinematográfica ainda precisa funcionar para garantir conteúdo para quem está em casa, e o vírus não vê isso como desculpa para não atacar. Por isso, todos os set de filmagem do mundo todo precisaram se adaptar. Estúdios e executivos abriram os bolsos para custear equipamentos de testagem em massa, novas escalas e coordenadores de segurança para impedir que as produções se tornassem redutos de Covid-19.

Os resultados são promissores, com poucos casos aparecendo ocasionalmente, mas os atores parecem estar sentindo as diferenças na pele –e Lupin não é exceção.

Ludivine Sagnier contou que é bastante complicado gravar com todas as medidas contra Covid-19. Já Omar Sy, de bom humor, complementou brincando que a parte mais difícil é não reconhecer as pessoas da equipe de máscara, e que os atores também estão sujeitos a engordar uns quilos durante as semanas de confinamento em casa, o que é um pesadelo de continuidade nas telas.

Set de Babel

Uma das mais intrigantes curiosidades durante o evento surgiu quando um jornalista perguntou sobre a comunicação no set de filmagem. Por mais que Lupin seja uma série francesa, gravada em Paris, com elenco francês atuando em sua língua-mãe, o criador e roteirista da produção é, na verdade, britânico –e sequer arranha um pouco do idioma francês além do básico. Segundo Kay, o que fez a produção funcionar é o fato de que todo o elenco e equipe falam muito bem o inglês. Assim, o criador escreve os roteiros em inglês, o elenco lê, tira dúvidas e sugerem ajustes, para depois o texto ser traduzido para o francês e então filmado.

Omar e eu sempre discutimos os roteiros, e vamos desenvolvendo os rascunhos em inglês até que todos estejam satisfeitos, e só então traduzimos o texto para o francês. Caso contrário, seria um vai-e-vem de traduções”, explicou Kay. Parece um pesadelo logístico, mas um que sequer dá para ser notado no produto final, né?

Um sucesso francês

O mais legal da Netflix estar disponível no mundo é ver produções não-estadunidenses conquistando público por todas as partes do planeta. Foi o caso da espanhola La Casa de Papel, e também de Lupin. Para a atriz Ludivine Sagnier, o grande acerto da série é justamente encapsular com perfeição a experiência francesa, e também fugir das locações óbvias do país, mostrando uma Paris mais realista: “Há vários lugares que mostram uma Paris contemporânea, uma cidade de verdade ao invés de um cartão-postal”, afirmou.

O elenco, assim como o criador, se mostra muito orgulhoso de terem emplacado com um seriado autêntico à cultura francesa, no idioma original. Quando perguntados se havia a possibilidade de um remake em língua inglesa, como acontece com filmes como Parasita, Invasão Zumbi ou Druk: Mais Uma Rodada, o trio negou a ideia na hora. “Qual seria a utilidade disso?”, disparou Sagnier.

Diversão consciente

Outro elemento da cultura francesa que o trio afirma ser fundamental para o programa é a forma como a divisão de classes é retratada nas telas, com um claro vão entre a elite e os trabalhadores, também exaltando pessoas comuns, como garçons, pedreiros e outros prestadores de serviços. Segundo George Kay e Omar Sy, isso é vital para que Lupin funcione tão bem assim, e descrevem que o verdadeiro DNA da série é o equilíbrio entre o comentário político e o entretenimento.

É sempre importante abordar os trabalhadores, sejam eles de qualquer área da vida. Nunca foi nosso objetivo principal, só funciona quando está à serviço da trama, ninguém quer uma série de TV política com 10 horas de duração”, falou Kay. “O ideal é ter essas mensagens por todo lado, mas essencialmente focar em se divertir e contar histórias legais sobre os personagens.

Acredito que fizemos isso do jeito certo”, refletiu Sy. “Discutimos muito e esclarecemos que nosso objetivo primário é o entretenimento, mas as mensagens sociais foram usadas como uma espécie de ferramenta para contar a história. George é muito bom nisso, é bastante sagaz em usar todo o aspecto político para a diversão. É tudo uma questão de equilíbrio.”

Omar Sy em Lupin

Monsieur James Bond

E entretenimento é o que não falta. Durante toda a coletiva, Omar Sy deixou claro o quanto está se divertindo na pele do assaltante. Para o ator, que também assina a produção-executiva, a série é um presente em sua carreira pela enorme variedade de tons e momentos que traz, entre cenas de porradaria, perseguições em alta velocidade, ação e, claro, romances –bem ao estilo 007.

Para mim, essa é a parte legal em fazer uma série assim”, celebrou o ator. “Há tempo para testar várias situações com o personagem. Estava muito ansioso para trabalhar com George porque sei que é isso que ele faz, trabalha com tons diferentes e te faz explorar muitos deles. Eu adoro porque é tipo uma montanha-russa […] Essa série é uma benção para um ator que quer fazer de tudo.

Os cinco episódios inéditos de Lupin, com direção de Ludovic Bernard (The Climb) e Hugo Gélin (Amor à Segunda Vista), chegam à plataforma em 11 de junho.

Fonte: Omelete

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