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Ciclone Yakecan: como se formou a tempestade que atinge do sul do Brasil

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Rajadas de vento do fenômeno podem chegar a 120 km/h e causar danos principalmente às cidades do sul e do leste gaúcho

Esta terça-feira (17) foi marcada pela chegada do ciclone Yakecan na região Sul do Brasil. As rajadas de vento em pontos do leste gaúcho estão previstas para terem 100 km/h em grande parte da costa e da área da Lagoa dos Patos e entorno. Algumas localidades podem exceder ainda 120 km/h, força considerada de furacão pelos meteorologistas, apesar de não se enquadrar como um.

Os ventos se movimentam fazendo com que haja convergência a partir de seu centro. Quando o ciclone está em superfície, o seu centro é uma área onde normalmente o ar quente e úmido sobe, favorecendo a formação de nuvens e consequentes tempestades.

A informação da Metsul é de que esse ciclone foi classificado como subtropical (quente em superfície e frio em altitude) pela Marinha do Brasil. O nome Yakecan significa “som do céu” na língua tupi-guarani, e foi batizado segundo a Norma da Autoridade Marítima para Meteorologia Marítima (NORMAM-19), que diz que ciclones atípicos (subtropicais e tropicais) que se formam no mar territorial brasileiro devem ser nomeados.

A projeção é que a  pressão no centro de Yakecan na costa gaúcha estará ao redor de 985 hPa a 990 hPa (unidade de medida da pressão atmosférica), considerado muito baixa e incomum para a ocasião, já que quase nunca se observa esse fenômeno nas latitudes do território gaúcho. Este é um dado alarmante, pois quanto menor a pressão no centro da tempestade, mais forte ela será.
O sul e o leste do Rio Grande do Sul devem ser atingidos por ventos de 80 km/h a 100 km/h. A região entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico (que vai de Rio Grande a área de Palmares do Sul, Quintão, Pinhal e Cidreira) deve ser a mais impactada pelos ventos com rajadas características de um furacão (acima de 120 km/h).O alerta inclui ainda a alta probabilidade de danos na passagem do Yakecan, como destelhamentos, quedas de árvores, quedas de postes, colapso de estruturas como placas, entre outros. Prédios mais altos nas cidades de médio e grande porte devem ter vento mais intenso nos andares elevados, com risco de quebras de vidros e quedas de estruturas.
Fonte: Revista Galileu

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