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Surfista é resgatado inconsciente em dia de swell gigante em Saquarema

Socorrista conta que Marcelo Barboza bateu com a cabeça no fundo de pedra na Laje de Manitiba e apagou na hora: "Estava se debatendo e sangrando"

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O surfista de ondas grandes Marcelo Barboza sofreu um acidente na Laje de Manitiba, onda que se forma na divisa dos municípios de Saquarema e Jaconé com fundo de pedra, na última segunda-feira. O carioca surfava de town-in (com suporte do jet ski) quando perdeu o controle da prancha, sofreu uma vaca e acabou batendo com a cabeça no fundo rochoso. As ondulações no dia chegaram a quase cinco metros de altura.

Integrante da equipe de resgate que fez o salvamento no hora do acidente, o socorrista de ondas grandes Adilson dos Santos conta que Marcelo chegou a ficar desacordado e ingeriu água quando estava inconsciente boiando de bruços no mar.

– Ele foi puxado, colocado na onda, era a terceira dele do dia. Abriu um tubão, só que criou um degrau no meio da onda, e ele estava bem no meio do tubo. No que criou esse degrau, ele desequilibrou e a prancha saiu do pé. Quando caiu bateu com a cabeça direto na laje. Ele ainda tomou outra onda na cabeça quando já estava desacordado. Quando o resgate chegou até ele, estava se debatendo e sangrando – contou.

Segundo o socorrista, o fato do surfista já ser bastante experiente e bem treinado para tais circunstâncias evitou maiores consequências.

– Apesar dele estar de bruços e desacordado, Marcelo seguia em apneia, por isso estava se debatendo. O fato dele ser um profissional e treinar muito evitou o afogamento. A memória muscular fez com que fizesse os protocolos de segurança de forma involuntária – explicou.

Marcelo Barboza é resgatado após acidente em Manitiba  — Foto: Big Surf Lifeguards

Marcelo Barboza é resgatado após acidente em Manitiba — Foto: Big Surf Lifeguards

Após o resgate na praia, Marcelo foi levado direto para o hospital mais próximo, na região de Bacaxá, onde recebeu atendimento e mais tarde foi liberado. O surfista segue em monitoramento e passa bem.

– Temos que bater na tecla da segurança. Eu trabalho com o resgate há 25 anos. Capacete, colete, equipe de segurança na água para dar o suporte é muito importante. É o que mantém esses surfistas vivos – disse.

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