Um ano após o surto que começou na República Democrática do Congo, a mpox (antes chamada de varíola dos macacos) já ultrapassa a marca de 50 mil casos confirmados em 28 países africanos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar do avanço, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que as taxas de mortalidade seguem baixas. Ainda assim, o alerta é maior para pacientes imunocomprometidos, especialmente aqueles que vivem com HIV não controlado.
“Estamos observando uma capacidade crescente nos países para gerenciar surtos de mpox. Mas os cortes drásticos na ajuda internacional estão dificultando o acesso a vacinas, diagnósticos e medidas de prevenção”, destacou Tedros, em publicação no X.
Ele pediu que os países mantenham a vigilância e que os doadores não abandonem a cooperação internacional, já que o controle global depende de recursos e solidariedade.
O que é a mpox?
A mpox é uma doença viral zoonótica, transmitida pelo contato com animais infectados, pessoas contaminadas ou materiais de uso pessoal (como roupas e lençóis).
Os principais sintomas incluem:
- Erupções ou lesões de pele (que podem se espalhar por várias partes do corpo);
- Febre e calafrios;
- Dores no corpo e dor de cabeça;
- Linfonodos inchados (ínguas);
- Cansaço extremo.
As lesões podem ser planas ou cheias de líquido, formar crostas e cair com o tempo. Normalmente aparecem no rosto, mãos e pés, mas também podem atingir boca, olhos, órgãos genitais e região anal.