Um lugar no meio do oceano está crescendo cheio de… plástico. E agora, tem até vida grudada nele.
A Grande Mancha de Lixo do Pacífico pode parecer ficção científica, mas é bem real — e tá crescendo sem parar. Localizada entre o Havaí e a Califórnia, essa “sopa de microplásticos” virou um dos maiores símbolos da poluição marinha no planeta.
Mas o que está chocando agora é outra coisa: essa mancha de lixo já virou um ecossistema próprio, com micro-organismos e espécies vivendo presas ao plástico.
O que é essa “sopa de plástico”?

Ao contrário do que muita gente pensa, a GPGP (Great Pacific Garbage Patch) não é uma ilha flutuante de garrafas, mas uma enorme área cheia de microplásticos invisíveis a olho nu — mas superperigosos.
Segundo a organização The Ocean Cleanup, 86% desse lixo vem da pesca industrial: redes, boias, cordas e todo tipo de resíduo descartado ou perdido no mar. Eles são puxados pelas correntes oceânicas e acabam presos em um “giro” no meio do Pacífico Norte, onde ficam girando por anos.
“A estação espacial está mais perto da mancha do que qualquer ser humano”, disse Bruno Sainte-Rose, da Ocean Cleanup.
É como um novo planeta de plástico
Ao longo dos anos, os plásticos acumulados começaram a servir de abrigo para microrganismos, algas e espécies marinhas que não deveriam estar ali. A microbiologista Sonja Oberbeckmann alerta que esses seres criaram um ecossistema artificial, que pode bagunçar a biodiversidade marinha.
Já a Ocean Cleanup defende que essas espécies são invasoras e que o importante é tirar o plástico do oceano, mesmo que isso signifique remover também esses microrganismos.
Dá pra limpar?
A Ocean Cleanup afirma que já retirou mais de 11 milhões de quilos de lixo em 2024. Mas limpar a GPGP inteira exigiria cerca de US$ 7,5 bilhões e levaria pelo menos 10 anos. E pior: os sistemas atuais ainda não conseguem remover os microplásticos, que são 90% do problema.
Além disso, por estar no meio do oceano e fora de qualquer jurisdição, ninguém se responsabiliza totalmente pela mancha.
“É problema de todos e de ninguém”, resume Sainte-Rose.
O que você pode fazer agora?
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A GPGP é um lembrete flutuante de que nossos hábitos têm impacto global. E se cada um fizer sua parte, talvez a gente não precise de outro “planeta” de plástico no meio do mar.
Você já tinha ouvido falar da Grande Mancha de Lixo do Pacífico?
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