A China acaba de dar um passo gigantesco no universo da conectividade digital: lançou oficialmente a primeira rede de internet 10G do mundo. Enquanto muitos países ainda expandem suas redes 5G, os chineses já estão navegando em velocidades que beiram os 10 Gbps. Para se ter uma ideia, isso é cerca de 30 vezes mais rápido que as conexões de fibra óptica mais comuns no Brasil.
O que é a internet 10G?
Apesar do nome, a internet 10G não é uma evolução direta do 5G móvel. Trata-se de uma tecnologia de banda larga fixa, baseada em fibra óptica, que utiliza a inovadora tecnologia 50G-PON (Passive Optical Network). Essa infraestrutura permite velocidades de download de até 9.834 Mbps e upload de 1.008 Mbps, com uma latência mínima de apenas 3 milissegundos .
Onde está funcionando?
A estreia dessa superconexão aconteceu em Xiong’an, uma cidade inteligente na província de Hebei, a cerca de 110 km de Pequim. O projeto é fruto da colaboração entre a gigante de telecomunicações Huawei e a operadora estatal China Unicom. Embora Xiong’an seja conhecida por sua baixa densidade populacional, ela foi escolhida como laboratório para tecnologias futuristas, incluindo veículos autônomos, cidades inteligentes e agora, a internet 10G.
O que dá pra fazer com tanta velocidade?
Com essa velocidade absurda, é possível baixar um filme de 20 GB em menos de 20 segundos. Mas os benefícios vão além do entretenimento:
- Realidade virtual e aumentada sem travamentos;
- Telemedicina com transmissões em tempo real e alta definição;
- Educação e trabalho remoto com videoconferências em 8K;
- Cidades inteligentes com sensores e dispositivos IoT operando em tempo real.
E o Brasil?
Por aqui, a realidade ainda é bem diferente. A média de velocidade de internet fixa no Brasil gira em torno de 100 Mbps, e a expansão do 5G ainda está em andamento. A chegada de uma tecnologia como a 10G depende de investimentos pesados em infraestrutura e políticas públicas que incentivem a inovação e a inclusão digital.
O lançamento da internet 10G na China não é apenas um marco tecnológico, mas também um indicativo de como a conectividade será fundamental para o futuro. Enquanto o mundo observa, a China avança a passos largos, redefinindo o que significa estar conectado.
