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segunda-feira, setembro 22, 2025

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FLIM 2025 reúne debates sobre literatura, jornalismo e periferias no feriado da Independência

O terceiro dia da Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM), realizado no domingo (7), coincidindo com o feriado da Independência, foi marcado por debates sobre literatura, jornalismo, periferias e juventude. O evento, promovido pela Prefeitura de Maricá por meio da Secretaria de Educação, contou ainda com atrações musicais e atividades culturais voltadas a diferentes públicos.

Logo pela manhã, a escola de samba mirim Mangueira do Amanhã abriu os trabalhos com bateria, passistas e ritmistas, que animaram o público e realizaram um cortejo pelos jardins da Orla do Parque Nanci, palco principal da festa.

Jornalismo e literatura

Entre os destaques, a mesa “Entre Fatos e Leituras” reuniu os jornalistas Aline Midlej e Octavio Guedes, além do pesquisador Marcelo Santana, coordenador do curso de Direito da Universidade de Vassouras (campus Maricá). A mediação ficou a cargo de Danielle Oliveira, secretária de Comunicação de Maricá.

Aline Midlej destacou o papel da literatura como complemento à prática jornalística:

“A literatura nos permite uma profundidade que, infelizmente, o dia a dia da redação não nos permite. Faz um ano que lancei o meu primeiro livro solo, depois de ter feito participações em outros. Mas a gente escreve um livro inteiro por dia sobre Brasil. O jornalismo é isso”, afirmou.

Octavio Guedes também ressaltou as semelhanças entre os dois campos:

“Ambos têm que ser relevantes e interessantes. O jornalista tem que falar para todos, e isso não significa ser sensacionalista, mas tornar o assunto interessante para todos, não falar apenas para a sua bolha. Isso é muito parecido entre os dois”, disse.

Escrita periférica em destaque

Um dos momentos mais aguardados foi a mesa que reuniu MV Bill, Jessé Andarilho, Rodrigo Santos e Wesley Barbosa, todos autores periféricos. Eles relataram suas vivências, a relação com a escrita e o impacto da literatura em suas trajetórias.

MV Bill lembrou a influência do rap:

“O rap me ensinou o valor da palavra. Mesmo com poucos recursos, éramos capazes de compor narrativas complexas. Muitos subestimam o gênero, mas escrever letras longas e consistentes exige amplo repertório e domínio da linguagem. A literatura ampliou ainda mais esse horizonte”, destacou.

Já Wesley Barbosa associou a literatura à resistência e transformação social:

“A literatura surgiu para mim como um remédio — uma forma de proteção para quem vive nas periferias. Cresci em um ambiente hostil, sem perspectivas visíveis de futuro, e foi por meio do rap que tive meu primeiro contato com a palavra escrita. A partir dali, os livros ampliaram meu horizonte e me permitiram transformar a dor em potência”, afirmou.

Juventude em pauta

A programação da FLIM Jovem também atraiu atenção com debates sobre saúde, educação e protagonismo juvenil. Entre os temas abordados estavam:

  • “SUS é soberania, é vida, é Brasil”;
  • “Projetos escolares – juventudes que inspiram e transformam”;
  • “Jovens protagonistas: soft skills para carreira e empreendedorismo”.

O dia se encerrou com a peça teatral “Ai de mim – Um experimento sobre o amor!”, apresentada na tenda dedicada à juventude.

Atrações musicais

Além dos debates, o cantor Leoni foi atração de destaque, participando tanto de uma das mesas de discussão quanto do show realizado no palco principal, que fechou a noite de domingo.

Programação de segunda-feira (8/9)

Flimzinha

  • 9h30 – Lekolé
  • 10h – Pintura facial – Animaniacs
  • 13h – Pintura facial – Animaniacs
  • 14h30 – Bibliomala com Eliza Moreno

Flim Jovem

  • 9h30 – Palestra: Maricá e Seus Aspectos Geográficos e Ambientais e Seus Patrimônios Culturais (Renata Gama, com saudação do Professor Lacerda)
  • 11h – Roda de Conversa: Ações Afirmativas sobre Comportamento e Bem-estar Animal na Cidade de Maricá (Franciele, Adriana, Thaisa, Ângela e representante da Universidade de Vassouras; mediação: secretário Robson Robgol)
  • 15h – Roda de Conversa: A Favela Pensa, Sente e Transforma – A Voz da Periferia na Construção do Futuro (Projota, Binho Cultura, Adônis Vianna e André Rangel; mediação: Vitor Nunes – UMES)
  • 17h – Roda de Capoeira (Adônis Vianna – Ruasia e Santiago – Capoeira das Comunidades; saudação: Vitor Nunes – UMES)

Papo Flim

  • 10h – Inovação e Empreendimento na Universidade (participante: Denize Cardim; mediação: Rodrigo Moura, secretário de Educação)
  • 14h30 – Roda de Conversa: Mães atípicas (Diogo Almeida – ex-BBB, Rejane Macedo e Rosana Mendes – CDRA; mediação: Denize Cardim)
  • 16h – Esquete: Hélio De La Peña
  • 18h – Mesa 4: Livros, Leitura e Futuro (Henrique Rodrigues e Sebastián Concha; mediação: José Castilho)
SARA CELESTINO
SARA CELESTINOhttp://jovemnamidia.com.br
Sara Celestino, dona do Jovem na Mídia, é repórter-fotográfica e criadora de conteúdo, apaixonada por jogos, tecnologia, K-pop e tudo que envolve o universo jovem. Sempre antenada nas tendências, traz notícias de forma leve, dinâmica e envolvente, conectando a nova geração ao que realmente importa!
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