O segundo dia do Enem 2025 movimentou milhões de estudantes neste domingo (16). As provas de Ciências da Natureza e Matemática foram aplicadas em 1.805 municípios de todos os estados brasileiros, encerrando o exame às 18h30 — embora, a partir das 15h30, já fosse possível deixar a sala sem levar o caderno.
Logo após o fim das provas, candidatos de diferentes perfis deram suas impressões sobre o nível das questões, e a experiência variou bastante: teve gente achando fácil, teve quem chegasse ao limite da exaustão e, claro, os treineiros que aproveitaram o dia para sentir o clima real do Enem.
“Foi tranquilo”, dizem alguns participantes
Em Brasília, Érika Tauany, 17 anos, foi uma das primeiras a deixar o local. A estudante considerou o exame acessível e só encontrou mais dificuldade em Física.
“Não foi muito complicado, não. Houve algumas questões fáceis e outras difíceis, principalmente de física.”
A mesma percepção teve Thaylla Luara, 18 anos, que busca uma vaga em Administração e já mira a carreira de policial penal.
“Achei bem tranquila. Química, física e matemática estavam de boa. Consegui responder tudo rapidinho.”
Mas muitos também acharam cansativo e difícil
A sensação não foi unânime. O exame, com 90 questões, foi descrito como mais puxado que o primeiro dia, especialmente pela famosa dupla: Matemática e Física.
Janderson Polibio, 13 anos após concluir o ensino médio, encarou o Enem só para testar seus conhecimentos — e sentiu o peso do tempo.
“Fiz o que eu sabia. Chutei umas 30 questões. Não adianta ficar tentando sem lembrar do conteúdo.”
No Rio de Janeiro, no Cefet Maracanã, a palavra “cansaço” também apareceu bastante.
Amanda Barbosa, 18 anos, que quer estudar Nutrição, disse:
“Achei cansativa, mas as questões estavam tranquilas. Fiz tudo. Agora é esperar.”
Ana Gabriela, 19, que tenta Pedagogia, concordou:
“Bem cansativa, mas bem mais simples que no ano passado. Me preparei mais, isso ajudou.”
Leonardo Drummond, 23, candidato a Administração, descreveu:
“Achei difícil. Estudei, me preparei, mas matemática não é minha praia.”
Já Davi da Paz Morais, 20, achou a prova bem construída:
“As questões estavam bem elaboradas. Não tinha nenhuma sem sentido.”
Treineiros foram cedo, mas curtiram a experiência
Em Brasília, o primeiro a abandonar o local foi Matheus Oliveira, 16 anos, aluno do 1º ano do ensino médio.
“É muito diferente dos simulados. Tive pressão de horário, do portão, da prova inteira. Mas vale muito a experiência.”
Os irmãos Felipe e Bruno Turazzi, de 16 e 17 anos, também foram como treineiros e admitiram que o desafio foi grande.
Felipe:
“É muito grande e complexa. Estou no primeiro ano, não vi todo o conteúdo ainda.”
Bruno, que pretende cursar Direito, emendou:
“Não fui bem, sou ruim em matemática. Mas valeu pela experiência.”
As notas dos treineiros saem só 60 dias após os resultados dos participantes regulares, em janeiro de 2026, e não valem para ingresso em universidades.
Famílias acompanharam tudo do lado de fora
Enquanto os estudantes suavam lá dentro, pais e avós aguardavam ansiosos.
Entre eles, estava Geni de Oliveira Penna Matos, que viajou 50 km com a neta Leslianne Lohana, de Águas Lindas de Goiás. Criada pela avó, a jovem sonha com Medicina ou Fisioterapia.
“Meu coração está explodindo. Ela se preparou muito.”
O pedreiro Darci Pinto de Sousa, pai de Keyse, 18, também viveu a expectativa pela filha, que quer cursar Medicina.
“O que a gente não conseguiu, a gente tenta para as filhas. Ela é muito dedicada, sempre estudou muito.”
Saída com caderno e tempo extra
A partir das 18h, todos puderam sair com o caderno de questões.
Quem tem tempo adicional aprovado pelo Inep ganhou mais 60 minutos.
Candidatos que usaram a videoprova em Libras tiveram 120 minutos extras, até 20h30.
Reaplicação: quem perdeu pode pedir nova chance
Candidatos que não realizaram o exame por problemas logísticos, doenças infectocontagiosas ou desastres naturais podem pedir reaplicação.
📌 Prazo: de segunda (17) até meio-dia de sexta (21)
📌 Onde: Página do Participante, com login Gov.br
📌 Reaplicação: dias 16 e 17 de dezembro
O Inep avalia cada pedido individualmente.




