A compra bilionária da Electronic Arts (EA) — dona de franquias como FIFA, The Sims e Battlefield — por um grupo liderado pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita está gerando barulho em Washington. 💰
Avaliado em cerca de US$ 55 bilhões, o acordo promete mudar o cenário global dos games, mas também levantou sérias preocupações sobre segurança nacional e influência estrangeira.
🏦 O que está em jogo
O negócio, um dos maiores já vistos no mundo dos videogames, coloca a gigante EA sob o controle total do consórcio liderado pelo PIF — o mesmo fundo que vem investindo pesado em esportes, tecnologia e entretenimento para projetar a imagem do país no cenário global.
O grupo também conta com a Silver Lake e a Affinity Partners, empresa fundada por Jared Kushner, genro do presidente Donald Trump. A ligação política e o forte financiamento saudita acenderam o alerta entre autoridades americanas.
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⚠️ Senadores pedem investigação
Os senadores Richard Blumenthal e Elizabeth Warren enviaram uma carta ao Departamento do Tesouro dos EUA, pedindo que o Comitê de Investimento Estrangeiro (CFIUS) revise o acordo com rigor.
Eles alegam que o fundo saudita pode estar usando investimentos estratégicos para ganhar influência cultural e política, e não apenas retorno financeiro.
“O desejo da Arábia Saudita de comprar influência por meio da EA é evidente na transação”, disseram os senadores no documento.
Além disso, Blumenthal e Warren citaram o envolvimento de Kushner como possível conflito de interesses, insinuando que sua presença no consórcio pode facilitar a aprovação política da compra.
🕹️ Preocupação com censura e narrativa
O temor principal é que, sob controle saudita, a EA possa sofrer interferências ideológicas — o que poderia afetar a liberdade criativa e até a forma como histórias são contadas nos jogos.
Os parlamentares afirmam que o PIF teria poder para “ditar ou vetar quais histórias são contadas aos americanos por meio dos videogames”, levantando suspeitas de censura e manipulação de conteúdo.
Também há receios sobre privacidade e uso de dados, já que a operação daria ao fundo estrangeiro acesso às informações pessoais de milhões de jogadores no mundo todo.
📄 EA responde e tenta acalmar o clima
Em comunicado, a EA confirmou que o conselho aprovou a venda e que o negócio deve ser finalizado até junho de 2026.
O CEO Andrew Wilson continuará no comando e a sede seguirá na Califórnia.
“Continuaremos a expandir os limites do entretenimento e criar experiências transformadoras para inspirar as gerações futuras”, declarou Wilson.
Mesmo com a resposta, o clima segue tenso. Especialistas apontam que, mais do que uma simples transação comercial, o caso abre um novo debate sobre quem controla a cultura digital e os universos virtuais que moldam a próxima geração de jogadores.
🎯 Em resumo:
A compra da EA pelos sauditas é um dos maiores movimentos geopolíticos dentro do mundo dos games — e mostra que o poder cultural dos videogames vai muito além do entretenimento.