O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy deu início, nesta terça-feira (21), ao cumprimento de sua pena de cinco anos de prisão, marcando um momento histórico: é a primeira vez na era moderna que um ex-líder da França passa um período atrás das grades.
Logo nas primeiras horas da manhã, Sarkozy deixou sua casa em Paris e acenou para apoiadores antes de ser conduzido ao complexo prisional de La Santé, no sul da capital. O comboio — cercado por dezenas de motos e viaturas policiais — chamou atenção da imprensa e dos curiosos que acompanharam o trajeto.
⚖️ O caso que levou Sarkozy à prisão
O ex-presidente foi condenado por conspiração criminosa em um esquema de financiamento ilegal ligado à sua campanha de 2007. Segundo a Justiça francesa, ele teria recebido recursos da Líbia, então governada por Muammar Gaddafi, em troca de favores diplomáticos.
Siga o Jovem na Mídia nas redes sociais do Instagram e Facebook para não perder nada!
Mesmo condenado, Sarkozy, que deixou o cargo em 2012, mantém sua inocência e já anunciou que vai recorrer da decisão. Enquanto isso, ele ficará isolado em uma cela na chamada “ala VIP” de La Santé, área destinada a presos de alto perfil — como políticos, ex-policiais e figuras que correm risco de segurança dentro do presídio comum.
🗣️ “Não é um ex-presidente preso, é um homem inocente”
Pouco antes de chegar à prisão, Sarkozy publicou uma declaração na rede social X (antigo Twitter), afirmando que é vítima de uma “vingança política”:
“Enquanto me preparo para entrar nos muros da prisão de La Santé, quero dizer aos franceses que não é um ex-presidente da República que está preso esta manhã — é um homem inocente.”
Ele ainda disse sentir “tristeza pela França”, afirmando que o país vive uma “humilhação judicial sem precedentes”.
Apesar do tom de revolta, Sarkozy ressaltou que não se sente sozinho:
“Minha esposa, meus filhos e meus amigos estão ao meu lado. Isso me dá força para continuar denunciando este escândalo.”
📍 Contexto: Nicolas Sarkozy presidiu a França entre 2007 e 2012 e foi uma das figuras políticas mais influentes do país nas últimas décadas. Sua condenação reforça a imagem de uma justiça francesa mais rigorosa com casos de corrupção no alto escalão.
