Um dos maiores roubos de arte da história recente da França aconteceu em apenas sete minutos. Ladrões invadiram o Museu do Louvre, em Paris, e levaram joias da coroa francesa avaliadas em milhões de euros — incluindo peças que pertenceram à imperatriz Eugênia e à rainha Maria Amélia.
O crime, que aconteceu na manhã do último sábado (19), deixou o país em choque e o museu temporariamente fechado. Ninguém ficou ferido, e nenhum tiro foi disparado — foi uma operação cirúrgica digna de filme.
🕵️♂️ Como foi o roubo?
De acordo com as autoridades, a ação começou por volta das 9h30 da manhã (horário local), cerca de 30 minutos após o Louvre abrir as portas.
Usando um guindaste acoplado a um caminhão, os criminosos — pelo menos quatro — escalaram a fachada voltada para o Rio Sena e arrombaram uma janela que dava acesso direto à famosa Galeria de Apolo, onde ficam relíquias da realeza francesa.
Lá dentro, eles quebraram as vitrines e recolheram as joias em tempo recorde. Na fuga, dois suspeitos deixaram o museu em motocicletas, enquanto o caminhão-guindaste foi abandonado próximo ao local.
Siga o Jovem na Mídia nas redes sociais do Instagram e Facebook para não perder nada!

💍 O que foi levado
O Ministério Público francês confirmou que nove peças foram roubadas — e uma já foi encontrada danificada nas redondezas. Entre os itens levados:
- 👑 Coroa da imperatriz Eugênia, com safiras e quase 2 mil diamantes.
- 💎 Colar da rainha Maria Amélia, com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes.
- 💚 Conjunto da imperatriz Maria Luisa (segunda esposa de Napoleão Bonaparte), com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes.
- ✨ Broche de Eugênia, com 2.634 diamantes — adquirido pelo Louvre em 2008 por mais de € 6,7 milhões.
O item mais valioso da coleção, o lendário diamante Regent de 140 quilates, avaliado em cerca de US$ 60 milhões, não foi levado.



🧥 Quem são os ladrões?
Até o momento, ninguém foi preso nem identificado. As autoridades estão analisando as câmeras de segurança e investigando se funcionários do museu podem ter facilitado o acesso.
Os suspeitos usavam coletes amarelos, semelhantes aos de manutenção, o que pode ter ajudado a despistar os seguranças.
Uma das linhas de investigação aponta que o crime pode ter sido encomendado por um colecionador privado.
Outra hipótese é o envolvimento do crime organizado, usando as joias para lavagem de dinheiro — especialmente em rotas ligadas ao narcotráfico.
“Hoje em dia, tudo pode estar ligado ao tráfico, dadas as somas de dinheiro envolvidas”, afirmou Laure Beccuau, promotora de Paris.
🇫🇷 Reação das autoridades
O presidente Emmanuel Macron classificou o roubo como um “ataque ao patrimônio nacional” e prometeu recuperar as joias.
“Recuperaremos as obras e os responsáveis serão levados à Justiça. Tudo está sendo feito sob a liderança do Ministério Público de Paris”, escreveu Macron no X (antigo Twitter).
Já o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, reconheceu a falha de segurança e disse que o episódio “transmitiu uma imagem deplorável da França”.
🎥 Relatos de quem estava no museu
Vídeos feitos por visitantes — incluindo brasileiros — mostram o pânico dentro do museu no momento do ataque.
“Eu estava perto da janela quando ouvi batidas muito fortes. A funcionária gritou para todos correrem”, contou Aline, turista brasileira que filmava o salão minutos antes da invasão.
Outro visitante, Danilo, relatou:
“De repente, virou uma correria geral, todo mundo descendo as escadas em pânico.”
🖼 Por que o Louvre é tão importante?
Com quase nove milhões de visitantes por ano, o Louvre é o museu mais famoso do mundo e abriga ícones como a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia.
A obra-prima de Leonardo da Vinci sozinha atrai cerca de 20 mil visitantes por dia — e já foi alvo de outro roubo histórico em 1911, quando um ex-funcionário levou o quadro escondido debaixo do casaco.