O Japão acaba de viver um momento histórico: Sanae Takaichi, de 64 anos, foi eleita nesta terça-feira (21) como a primeira mulher a liderar o governo japonês. Conhecida pelo perfil firme e conservador, ela chega ao poder prometendo uma nova era política em um país que há muito tempo é dominado por homens.
Ex-baterista de uma banda de heavy metal (sim, você leu certo 🤘), Takaichi assume o cargo depois de vencer a votação no Parlamento e fechar, literalmente na última hora, um acordo de coalizão com o Partido da Inovação do Japão. O desafio? Comandar um governo de minoria e ainda se preparar para a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, já na próxima semana.
🗳️ Uma eleição que virou marco
Takaichi conquistou a maioria logo no primeiro turno da votação para suceder Shigeru Ishiba, tornando-se a quinta pessoa a ocupar o cargo de primeiro-ministro em apenas cinco anos. A cerimônia oficial de posse acontece após uma reunião com o imperador Naruhito.
Inspirada em líderes como Margaret Thatcher, ela promete “fortalecer a economia japonesa” e reconstruir o país “para ser responsável com as gerações futuras”.
“É uma pessoa de caráter forte, independente de ser mulher”, comentou à AFP o japonês Toru Takahashi, morador de Nara, cidade natal da nova premiê.
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👩💼 Liderança feminina — mas ainda um longo caminho
Apesar do discurso sobre igualdade, o novo gabinete de Takaichi tem apenas duas mulheres entre 19 ministros — o mesmo número do governo anterior.
As escolhidas foram Satsuki Katayama, ministra das Finanças, e Kimi Onoda, responsável pela Segurança Econômica.
O Japão segue enfrentando grandes desafios nesse tema: ocupa a 118ª posição entre 148 países no ranking global de disparidade de gênero de 2025. Apenas 15% dos assentos no Parlamento são ocupados por mulheres, e a maioria dos conselhos empresariais continua sendo composta por homens.
💬 O que pensa a nova premiê
Takaichi é conhecida por suas opiniões firmes — e polêmicas. Ela já se posicionou contra mudanças em leis antigas que obrigam casais a usar o mesmo sobrenome e defende que a família imperial continue com sucessão apenas masculina.
Mesmo assim, ela promete abrir o diálogo sobre saúde feminina e chegou a falar publicamente sobre sua própria experiência com a menopausa — algo raro entre políticos japoneses.
🌏 Repercussão internacional
A vitória de Takaichi repercutiu no mundo todo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou o momento:
“Ela faz história. Um passo importante para as mulheres na política global.”