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terça-feira, março 25, 2025

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Universidades públicas paulistas preparam mudanças na pós-graduação

As universidades públicas de São Paulo estão planejando reformular seus programas de pós-graduação a partir de 2025, tornando-os mais flexíveis e alinhados às demandas do mercado. O objetivo é modernizar o conteúdo dos cursos, incluir atividades externas e atrair mais estudantes para o ensino avançado. As mudanças serão aplicadas nas instituições que possuem notas 6 ou 7 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Para viabilizar essa reformulação, um protocolo de intenções foi assinado entre a Capes, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e seis universidades: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Crise na pós-graduação

De acordo com Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, o número de matrículas e titulações em cursos de mestrado e doutorado tem caído significativamente. Na USP, por exemplo, o número de titulações de mestrado e doutorado caiu 15% e 10%, respectivamente, enquanto as novas matrículas sofreram uma redução entre 20% e 30%.

Entre os principais fatores para essa baixa procura, Zago destaca a falta de perspectivas no ensino superior, a dependência de bolsas de estudo com valores insuficientes para a manutenção dos alunos e a escassez de investimentos em pesquisa fora do estado de São Paulo, o que leva muitos talentos a buscarem oportunidades no exterior.

Reformulação da estrutura acadêmica

Zago ressalta que, ao longo dos anos, a burocracia na pós-graduação aumentou, tornando os cursos mais teóricos e distantes de sua essência, que é o treinamento prático e científico. Para reverter esse quadro, algumas mudanças serão implementadas, como:

  • Redução do tempo de formação: o mestrado passaria a durar um ano, focado no aprendizado do método científico e na elaboração de um projeto. Cerca de 30% dos alunos seriam promovidos diretamente ao doutorado, que teria um prazo total de cinco anos para conclusão.
  • Menos burocracia: revisão dos créditos exigidos e das atividades extras não essenciais à formação científica.
  • Incentivo financeiro: aumento do valor das bolsas e inclusão do pagamento da Previdência Social para os bolsistas.

Incentivos financeiros e bolsas

O acordo prevê que a Capes conceda bolsas de doutorado aos alunos bolsistas de mestrado que optarem pela transição direta de nível. Além disso, serão ofertadas bolsas de pós-doutorado para os programas que promoverem essa transição. A Fapesp se comprometeu a complementar o valor dessas bolsas para equipará-las às oferecidas em seus próprios programas.

Com essas medidas, as universidades públicas paulistas esperam recuperar o interesse dos estudantes pela pós-graduação, fortalecendo a pesquisa científica no Brasil e garantindo maior competitividade no cenário acadêmico e profissional.

SARA CELESTINO
SARA CELESTINOhttp://jovemnamidia.com.br
Sara Celestino, dona do Jovem na Mídia, é repórter-fotográfica e criadora de conteúdo, apaixonada por jogos, tecnologia, K-pop e tudo que envolve o universo jovem. Sempre antenada nas tendências, traz notícias de forma leve, dinâmica e envolvente, conectando a nova geração ao que realmente importa!

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