A tensão entre Irã e Israel subiu mais um nível — e quem tá pagando o preço são os próprios iranianos. Nesta terça (17), o governo iraniano desligou 80% da internet do país, alegando que o motivo seria uma série de “operações secretas” israelenses em andamento.
🚫 O corte foi tão intenso que aplicativos estrangeiros saíram do ar, dados móveis pararam de funcionar e até VPNs — que a galera usa pra fugir da censura — começaram a falhar. Só restou mesmo o Wi-Fi doméstico e plataformas controladas pelo próprio governo.
💻 O que está rolando?
A mídia estatal já avisou: a internet vai ser trocada por uma intranet nacional — uma versão super controlada e limitada da web, feita pra manter a população isolada de notícias externas.
Enquanto isso, serviços essenciais como o Banco Sepah (um dos mais antigos do país) sofreram um ciberataque e ficaram fora do ar. Resultado: até os postos de gasolina que dependem dele pra processar pagamentos pararam de funcionar.
🧠 O pano de fundo: uma “guerra cibernética”
De um lado, o governo iraniano diz estar combatendo uma “ofensiva digital massiva de Israel”. Do outro, grupos de hackers como o “Pardal Predador” (ligado a Israel, segundo a CNN) assumiram a autoria do ataque ao banco e ainda disseram que “apagaram todos os dados” da instituição.
🗣️ Eles acusam o banco de lavar dinheiro para programas militares ilegais do Irã, incluindo armamentos e tecnologia nuclear.
📉 A internet iraniana despencou — literalmente
Segundo o grupo de monitoramento Netblocks, o tráfego de internet no país caiu de forma drástica em poucas horas. Os gráficos mostram uma queda que, nas palavras de Amir Rashidi (especialista em segurança digital), pode levar a uma “desconexão total”.
Enquanto isso, a população tenta se virar como pode. Milhares de iranianos estão relatando que:
- Não conseguem falar com familiares.
- Têm dificuldade para acessar bancos, redes sociais e até notícias básicas.
- Estão completamente no escuro sobre ataques e alertas de evacuação, inclusive os emitidos por Israel nos últimos dias.
📲 WhatsApp virou alvo
Como se não bastasse, a TV estatal iraniana ainda pediu que os usuários removam o WhatsApp dos seus celulares. A justificativa? O app estaria “entregando dados para Israel”, como localização e comunicações privadas — alegações que, até o momento, não foram comprovadas.
⚠️ E agora?
Esse apagão digital não é o primeiro — e provavelmente não será o último. O Irã já sofreu ataques anteriores em redes ferroviárias, indústrias e até câmeras de prisões. Desde o caso do vírus Stuxnet, que destruiu parte das centrífugas nucleares iranianas nos anos 2000, o país tem desconectado cada vez mais sua infraestrutura crítica da internet global.
Só que agora, com uma guerra cibernética sendo travada ao vivo e em alta tensão, o mundo tá assistindo o Irã ficar offline — e cada vez mais isolado.