A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) soltaram uma nota técnica de emergência depois de nove casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas em São Paulo — duas pessoas já morreram em menos de um mês.
O documento faz um alerta direto para bares, restaurantes, mercados, casas noturnas, hotéis, apps de entrega e até e-commerces, além de orientar os próprios consumidores. O objetivo: barrar falsificadores, evitar novos casos e proteger a galera que consome.
⚠️ Como identificar bebida suspeita
Segundo a nota, os estabelecimentos e consumidores devem ficar atentos a sinais como:
- Garrafas com lacre violado, rolha frouxa ou rótulo mal feito;
- Ausência de identificação do fabricante/importador ou lote repetido/ilegível;
- Preço muito abaixo do mercado;
- Odor estranho ou diferente da bebida original;
- Relatos de sintomas após consumo: visão turva, dor de cabeça forte, náusea, tontura ou até perda de consciência.
E fica o recado: nada de “teste caseiro” (cheirar, provar ou tentar acender a bebida). Isso não é seguro nem eficaz.
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🏪 O que os estabelecimentos devem fazer
- Comprar apenas de fornecedores formais com CNPJ válido;
- Exigir nota fiscal e checar o código de segurança no site da Receita Federal;
- Suspender imediatamente a venda se houver qualquer suspeita de adulteração;
- Orientar clientes a procurar atendimento médico urgente em caso de sintomas.
Em caso de emergência, o contato é o Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001. Também é preciso acionar Vigilância Sanitária, Polícia Civil (197), Procon e até o Ministério da Agricultura para rastrear o produto.
⚖️ Crime e punições
O Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou que vender bebida adulterada é crime previsto no Código Penal (Artigo 272) e também na lei de relações de consumo. Ou seja: quem comercializa assume a responsabilidade e pode responder judicialmente.
O governo garante que vai manter diálogo com empresas e intensificar a fiscalização para tentar blindar os consumidores brasileiros contra esse risco.