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segunda-feira, novembro 24, 2025

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Estudo brasileiro revela: inflamação no cérebro pode ser peça-chave para o Alzheimer avançar

Um novo estudo liderado pelo neurocientista Eduardo Zimmer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acaba de jogar luz sobre um ponto crucial da ciência: o cérebro precisa estar inflamado para que o Alzheimer realmente se estabeleça e avance. A pesquisa, publicada na Nature Neuroscience, mostra que o acúmulo das proteínas beta-amiloide e tau só causa estragos quando duas células cerebrais entram juntas em modo de alerta.

🧠 Como funciona essa inflamação?

De um lado, estão os astrócitos, que ajudam na comunicação entre neurônios. Do outro, a microglia, uma espécie de “segurança” do cérebro. Segundo Zimmer, essas proteínas que se acumulam — as famosas “plaquinhas” insolúveis — fazem o cérebro reagir como se estivesse sob ataque.

“Essas duas células coordenam a resposta imune do cérebro. As proteínas formam literalmente pedrinhas ali dentro, e isso muda o comportamento das células, que ficam ‘reativas’. Quando elas estão reativas, o cérebro está inflamado”, explicou o pesquisador.

📡 O que é novo nessa descoberta?

Até agora, cientistas já tinham visto esse processo em animais e em exames pós-morte. Mas o grande salto desta pesquisa foi observar pela primeira vez essa comunicação em cérebros de pacientes vivos, usando exames de imagem de última geração e biomarcadores ultrassensíveis.

A equipe descobriu que:

  • A beta-amiloide deixa o astrócito reativo;
  • Mas só quando a microglia também está ativada é que a doença realmente progride;
  • Com essas duas células infladas, os cientistas conseguiram explicar até 76% da variância na cognição dos pacientes acompanhados.

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Se a microglia não entra na história, nada acontece. Ou seja: as duas precisam estar ativas ao mesmo tempo para que o Alzheimer avance.

🔍 Mas o que causa essas placas?

Ainda não existe uma resposta definitiva, mas Zimmer afirma que fatores de risco como:

  • tabagismo,
  • alcoolismo,
  • sedentarismo,
  • obesidade,

podem aumentar a chance de o cérebro desenvolver essas inflamações.

Por outro lado, um estilo de vida mais positivo — com exercícios, boa alimentação, sono de qualidade e estímulos intelectuais — ajuda a reduzir o risco.

💊 Um novo caminho para tratamentos

Até hoje, grande parte das pesquisas focava em criar medicamentos que eliminassem as placas de beta-amiloide. Mas agora, a ciência olha para outro alvo: interromper o “bate-papo inflamado” entre astrócitos e microglias.

“Além de tirar as pedrinhas, vamos precisar acalmar essa conversa dentro do cérebro”, resumiu Zimmer.

O trabalho tem apoio do Instituto Serrapilheira e abre espaço para uma nova geração de terapias que podem mudar o futuro do combate ao Alzheimer.

SARA CELESTINO
SARA CELESTINOhttp://jovemnamidia.com.br
Sara Celestino, dona do Jovem na Mídia, é repórter-fotográfica e criadora de conteúdo, apaixonada por jogos, tecnologia, K-pop e tudo que envolve o universo jovem. Sempre antenada nas tendências, traz notícias de forma leve, dinâmica e envolvente, conectando a nova geração ao que realmente importa!
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