Desde que estreou em 29 de outubro, “Os Donos do Jogo” virou um dos títulos mais assistidos da Netflix no Brasil. A série mistura ação, drama familiar e crítica social para reconstruir, de forma ficcional, o universo do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis no Rio de Janeiro — um tema com capítulos reais conhecidos, mas tratado na trama com novos nomes, novas famílias e sem ligações diretas oficialmente assumidas.
A narrativa acompanha quatro clãs poderosos — Moraes, Guerra, Fernandez e Saad — disputando território, influência e sucessão. No meio disso, segredos vêm à tona e alianças se quebram como se fossem vidro.
Apesar de a produção repetir elementos de personagens marcantes da contravenção carioca, ela não usa nomes verdadeiros nem referencia escolas de samba específicas. São inspirações soltas, versões remodeladas e histórias costuradas com liberdade criativa.
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Quem inspirou quem? (Lembrando: nada é oficial)
Galego (Chico Diaz) — ecoa Castor de Andrade
Castor foi um dos nomes mais conhecidos do jogo do bicho, ligado ao Bangu e à Mocidade Independente. Na série, Galego aparece como fundador, vaidoso e respeitado — uma reinterpretação desses traços, mas sem relação direta.
Suzana Guerra (Giullia Buscacio) e Mirna Guerra (Mel Maia) — lembram Tamara e Shanna Garcia
A série mostra duas irmãs tentando comandar um negócio tradicionalmente dominado por homens. Na vida real, Tamara e Shanna, filhas de Maninho Garcia, assumiram parte dos negócios da família após o assassinato do pai em 2004.
A série adapta o conflito para novas famílias e territórios fictícios.
Búfalo (Xamã) — inspirado em Zé Personal
Zé Personal ganhou projeção ao assumir máquinas e pontos de aposta depois de se casar com Shanna Garcia.
Na ficção, Búfalo cresce ao se casar com uma das herdeiras e aparece como lutador de MMA — uma estilização do físico e da imagem ligada à academia.
Até a morte do personagem tem motivação parecida com investigações reais, mas contada com forte licença dramática.
Leila Fernandez (Juliana Paes) — lembra Sabrina Harrouche Garcia
Leila surge como peça-chave dos bastidores, inteligente e influente. Esses traços dialogam com a figura pública de Sabrina Harrouche Garcia, viúva de Maninho, conhecida pelo peso que tinha nos rumos da família.
Jorge Guerra (Roberto Pirillo) — fusão de Miro Garcia e elementos atribuídos a Anísio
Miro, conhecido como “Bradesco da Contravenção”, presidiu escola de samba e tinha forte presença na cena. Alguns fãs também apontam semelhanças com traços públicos de Anísio, histórico patrono da Beija-Flor.
A série recria um patriarca poderoso, doente e temido — uma colagem ficcional de personalidades famosas.
Profeta (André Lamoglia) — mistura Bernardo Bello com ecos da imagem de Maninho
O personagem une o temperamento explosivo atribuído a Maninho e a ascensão por casamento vista na trajetória de Bello. Profeta encarna o jovem ambicioso que conquista espaço na marra, com carisma e violência.
Coelho (Stepan Nercessian) — inspirado em José Caruzzo Escafura, o “Piruinha”
Piruinha foi um dos bicheiros mais conhecidos e pai de muitos filhos. Coelho segue a mesma vibe: expansivo, querido e com uma família gigantesca. Mas sua narrativa é totalmente adaptada para o universo da série.











Por que a série viralizou tanto?
- Mistura de ficção com fatos que o público reconhece.
- Atuações populares (Mel Maia, Xamã, Juliana Paes, André Lamoglia).
- Cenário carioca cheio de política, dinheiro, poder e intriga.
- Bastidores do jogo do bicho — tema que desperta curiosidade há décadas.




