Imagina se a Terra tivesse um coração? Pois é quase isso que cientistas descobriram embaixo da África! Uma pesquisa publicada na revista científica Nature revelou que, no subterrâneo da Etiópia, existe uma espécie de pulsação rítmica, como se o planeta estivesse batendo… literalmente!
Essas ondas, que sobem e descem com regularidade, foram identificadas por geólogos britânicos na região de Afar, onde três grandes fendas tectônicas se encontram: a da Etiópia, do Mar Vermelho e do Golfo de Áden. E adivinha? Esse fenômeno pode estar por trás de algo gigantesco: o início de um novo oceano!
🌋 O que está acontecendo no coração da África?
Sob a superfície de Afar, existe uma coluna de rocha derretida — também chamada de pluma do manto — que sobe e desce como se estivesse pulsando. Essa movimentação misteriosa pode estar lentamente rachando o continente africano, separando placas tectônicas e criando espaço para o que, um dia, pode se transformar em um novo corpo oceânico.
Segundo os pesquisadores, incluindo a geóloga Emma J. Watts, essas pulsações acontecem há milhões de anos e afetam diretamente o solo da região, que já apresenta fissuras visíveis. A expectativa é que, em um futuro distante, parte da Etiópia se separe do continente e vire uma ilha.
🧪 Como isso foi descoberto?
Os cientistas analisaram mais de 130 amostras de vulcões “jovens” (com menos de 2,6 milhões de anos) e compararam com rochas mais antigas para entender as transformações químicas causadas pelas pulsações subterrâneas.
O estudo mostra que, à medida que as placas tectônicas se afastam, elas esticam a crosta terrestre até ela se romper — criando as chamadas riftes, estruturas geológicas que dão origem a oceanos ao longo de milhares (ou milhões) de anos.
⚠️ E agora?
Com essa descoberta, os geólogos querem entender melhor a velocidade dessas “batidas” da Terra e como elas afetam o planeta em escala global. Além disso, o estudo pode ajudar a prever atividades vulcânicas, terremotos e mudanças climáticas que afetam diretamente quem vive na região.
💡 Curiosidade:
O “novo oceano” que pode surgir por causa dessas pulsações deve demorar milhões de anos para se formar — mas a ciência já está de olho desde agora.