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terça-feira, julho 8, 2025

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Diarista também é trabalhadora! Federação exige direitos iguais para todas

Já parou pra pensar que muita gente que trabalha o mês inteiro como diarista não tem direito a férias, 13º ou até mesmo aposentadoria? Pois é. Isso acontece porque as diaristas estão fora da Lei Complementar 150, que regulamenta os direitos das empregadas domésticas. E isso, segundo especialistas e entidades sindicais, é uma baita injustiça.

A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) tá batendo na porta do governo pra mudar esse cenário. O motivo? O Brasil assinou a Convenção 189 da OIT, que reconhece como empregado doméstico qualquer pessoa que trabalhe em casa de terceiros — não importa se é uma vez por semana ou todo dia.

📌 “Tem vínculo, sim!”

“Tem muita mulher que trabalha toda semana, no mesmo lugar, há anos — e mesmo assim não tem carteira assinada. Isso é vínculo, sim”, afirma Creuza Maria Oliveira, coordenadora-geral da Fenatrad.

O problema é que a LC 150 só garante direitos trabalhistas (como FGTS, férias, hora extra etc.) pra quem trabalha pelo menos 3 vezes na semana na mesma casa. A lei exclui quem trabalha como “diarista”, ou seja, em diferentes lugares e sem vínculo formal.

Mas aí é que entra a treta: essas profissionais ganham menos, têm menos estabilidade, e muitas vezes nem conseguem contribuir com a Previdência, o que prejudica até a aposentadoria. Segundo dados do Dieese, só 1 em cada 3 trabalhadoras domésticas contribui com o INSS.

📉 A realidade das diaristas no Brasil:

  • Em 2022, as diaristas eram 43,6% das trabalhadoras domésticas no país.
  • A maioria são mulheres negras, chefes de família, e em muitos casos, vivem em situação de pobreza.
  • A média semanal de trabalho é de 24h, com renda menor que R$ 1 mil/mês.

⚠️ MEI pra diarista? É cilada!

Tem agências e plataformas exigindo que diaristas se cadastrem como MEI (Microempreendedora Individual) pra prestar serviço. A Fenatrad chama isso de “desvio da lei”.

“Diarista não é empreendedora. Ela não vende um produto, ela oferece um trabalho. Isso é vínculo de emprego”, explica Maria Izabel Monteiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Rio.

O pior? Muitas vezes os patrões criam o MEI no nome da trabalhadora, sem ela saber, o que pode até gerar dívidas fiscais se não pagar as taxas. E mesmo pagando, ela ainda fica sem os direitos garantidos na carteira assinada.

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💼 Dá pra assinar a carteira, sim!

Sabia que o patrão pode assinar a carteira da diarista proporcional às horas trabalhadas? Isso garante:

  • Férias
  • 13º
  • FGTS
  • Estabilidade em caso de gravidez
  • Aviso prévio

O custo? Em média uma diária a mais por mês, e tudo pode ser feito pelo site do eSocial, com conta no Gov.br.

🚨 O que a Fenatrad quer?

  • Inclusão das diaristas na LC 150
  • Fim do cadastro como MEI para trabalhadoras domésticas
  • Reconhecimento de vínculo empregatício com base na frequência e continuidade do serviço
  • Apoio do governo pra garantir direitos, previdência e dignidade

🗣️ Por que isso importa?

Porque é injusto milhares de mulheres trabalharem uma vida inteira e chegarem à velhice sem nenhum direito garantido. E mais: isso reflete diretamente o racismo estrutural, já que a maioria das diaristas no Brasil são mulheres negras.

📢 Se você tem diarista em casa, bora fazer a sua parte!
Formalizar o trabalho é reconhecer o valor, o esforço e a humanidade de quem cuida do nosso lar.

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