Se você cresceu nos anos 80, 90 ou 2000, provavelmente sabe o que foi viver uma infância cheia de cor, música e artistas de verdade. Era a era de Xuxa, Trem da Alegria, Balão Mágico, Angélica, Eliana, Gugu, Mara Maravilha… Artistas que cantavam, apresentavam e encantavam milhões de crianças com shows, discos, programas de TV e uma presença que ia muito além da tela.
Hoje, quem comanda o universo infantil são personagens digitais: Galinha Pintadinha, Mundo Bita, Peppa Pig, Turma da Mônica Toy… Figuras animadas, coloridas, didáticas — e totalmente virtuais.
Mas a grande pergunta é: o que mudou? E o que as crianças de hoje estão perdendo?
🎤 Quando a infância era ao vivo
Antigamente, assistir à TV era um evento. As crianças esperavam ansiosas pelo programa da Xuxa ou da Eliana, cantavam juntas, faziam coreografias e se sentiam parte de algo mágico. Era comum ir a shows ao vivo, ter álbuns de figurinhas, bonecos, CDs, VHS e até almoços temáticos com os personagens.

Esses artistas estavam presentes no cotidiano: eram humanos, acessíveis e tinham uma conexão emocional com o público. Havia afeto, identidade e até uma sensação de pertencimento. Não era só entretenimento — era vivência.
📱 A nova era das telas
Hoje, com a internet, as crianças têm acesso fácil a conteúdos em qualquer lugar. Mas a experiência mudou: as músicas são assistidas, não vividas. A interação agora é com telas. Os personagens são animações 2D ou 3D, que não envelhecem, não interagem fora dos vídeos e nem precisam sair do mundo digital.

As músicas são educativas, repetitivas e direcionadas a ensinar comportamentos: escovar os dentes, contar números, ter boas maneiras. Tudo certo até aí. Mas… cadê o brilho nos olhos? Cadê a emoção de ver seu ídolo ao vivo?
⚖️ Uma comparação que faz pensar
Ontem (Anos 90/2000) | Hoje |
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Shows ao vivo com artistas reais | Vídeos animados no YouTube |
Interação com plateia | Consumo individual em tela |
Música com emoção e fantasia | Música com foco educativo |
Artistas como ídolos reais | Personagens fictícios e digitais |
Brincadeira + afeto | Conteúdo + funcionalidade |
🧠 O impacto nas crianças
Especialistas apontam que a presença humana ajuda a desenvolver habilidades sociais, emocionais e até criativas. Ter um ídolo real ajudava a criança a sonhar, se expressar e se imaginar no lugar do outro.
Já o excesso de vídeos automáticos, apesar de práticos, pode isolar, reduzir a imaginação ativa e tornar a infância mais “automatizada”.
🤔 E você, qual infância escolheria?
A nova geração tem acesso a muito mais conteúdo. Mas será que está vivendo a mesma magia? Será que trocar Xuxa por Galinha Pintadinha foi mesmo uma evolução?
Talvez o que falta não seja tecnologia. Talvez esteja faltando conexão emocional, calor humano e encantamento real — aquele que não se transmite por pixels, mas por presença.
💬 Conta pra gente: qual música marcou sua infância?
Você era #TeamXuxa, #BalãoMágico ou #Eliana? Ou cresceu na geração Bita? Comenta aí: qual foi o seu som de infância?