O grupo rebelde Houthi, do Iêmen, voltou a atacar navios no Mar Vermelho e escalou o conflito na região. Nos últimos dias, dois cargueiros afundaram após ataques coordenados, e seis tripulantes foram sequestrados, segundo agências de segurança marítima. A tensão já virou alerta internacional.
💥 O que rolou?
Na quarta-feira (9), o navio Eternity C, com bandeira da Libéria e operado por uma empresa grega, foi atacado com foguetes e afundou. O ataque foi reivindicado pelos Houthis, que disseram usar um barco não tripulado e seis mísseis de cruzeiro e balísticos. Eles afirmam que o navio se dirigia para o porto israelense de Eilat, o que teria motivado o ataque.

Segundo a União Europeia, que monitora a segurança marítima na região, quatro tripulantes morreram e outros dez foram resgatados — entre eles, filipinos e um grego. Mas seis pessoas ainda estão desaparecidas e, de acordo com os próprios Houthis, foram levadas a um local desconhecido após o ataque.
Essa já é a segunda embarcação afundada pelos Houthis só nesta semana. No domingo (6), o cargueiro Magic Seas também foi atacado, forçando a tripulação a abandonar o navio.

🤔 Quem são os Houthis e por que eles estão atacando?
Os Houthis são um grupo rebelde xiita que controla grande parte do Iêmen e é apoiado pelo Irã. Desde o final de 2023, eles intensificaram os ataques a navios com supostas ligações com Israel, como forma de protesto contra a ofensiva militar israelense em Gaza.
Em comunicado recente, o grupo disse:
“Continuaremos nossas operações militares em apoio ao povo palestino oprimido… até que a agressão contra Gaza cesse.”
Eles haviam interrompido ataques a navios de guerra americanos em maio, após semanas de bombardeios dos EUA, mas seguem atacando cargueiros e embarcações civis que consideram envolvidas com Israel.
🚨 Reações internacionais
A missão dos Estados Unidos no Iêmen exigiu a libertação imediata dos tripulantes sequestrados e classificou o episódio como sequestro. Vídeos divulgados pelos próprios Houthis mostram o navio Eternity C sendo atacado e afundando, enquanto rádios captam mensagens dos rebeldes dizendo que “garantiriam segurança” à tripulação — o que claramente não rolou.
A Operação Aspides, da União Europeia, confirmou os ataques e o resgate de parte da tripulação, mas alertou para o risco crescente na navegação no Mar Vermelho, uma rota crucial para o comércio global.
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🧭 Por que isso importa?
O Mar Vermelho é uma das principais rotas comerciais do mundo, conectando a Ásia, Europa e África. Os ataques dos Houthis estão encarecendo o frete marítimo, atrasando entregas internacionais e gerando um efeito dominó nos mercados globais. Além disso, essa escalada no conflito pode levar a uma resposta militar internacional mais ampla.