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Livraria sobrevive à crise do mercado editorial com venda de livros raros e segmentados

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Na contramão do mercado editorial, a livraria de Adalberto Ribeiro cresce em torno de 20% ao mês com livros raros e segmentados.

Entre as obras clássicas da Livraria Simples, como é chamada, estão o livro de cartas do poeta português Antero de Quental e a edição portuguesa da história universal.

Perspicaz, a livraria reagiu rápido à crise da Covid-19. Menos de um mês após o primeiro fechamento do comércio, o empresário criou um site e digitalizou as vendas.

“A pessoa manda mensagem perguntando se a gente tem tal ou tal livro e a gente responde a mensagem e fecha o negócio. Tudo está se dando basicamente por WhatsApp ou Instagram”, explicou Ribeiro.

Apesar das vantagens do ambiente virtual, o empresário admite que vender on-line requer mais cuidado e atenção com os clientes.

“É muito mais fácil para a gente quando a pessoa vai até a loja, olha os livros, escolhe um, passa no caixa e vai embora. Nesse novo modelo, às vezes a gente tem que trocar 10 mensagens com uma pessoa para fechar a venda de apenas um livro”, argumentou.
A livraria também aprendeu a operar com custo baixo. Hoje, despesas fixas, como aluguel e funcionários, não passam de 20% do faturamento. Além disso, 70% dos livros são consignados.

As entregas também foram otimizadas: “A gente absorveu as entregas em São Paulo. Então, sou eu mesmo que estou fazendo de carro ou de bicicleta, dependendo da região.”

Com a flexibilização das regras de isolamento social, a livraria reabriu para atendimento presencial no final de abril.

Vale destacar que, quando funcionou apenas virtualmente, o faturamento da livraria caiu apenas 15%. Hoje, a Livraria Simples fatura R$ 75 mil por mês.

Fonte: G1

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