A capital da Ucrânia viveu uma noite de terror. Um ataque russo considerado o maior com drones desde o início da guerra atingiu a cidade de Kiev, deixando pelo menos 23 feridos, dezenas de prédios danificados e uma população inteira em alerta total.
A investida aconteceu entre a noite de quinta (3) e a madrugada de sexta (4), horas depois de uma ligação entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Vladimir Putin (Rússia) — fato que gerou questionamentos e tensões políticas.
O ataque
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, a Rússia lançou:
- 539 drones kamikazes Shahed
- 11 mísseis
O bombardeio atingiu escolas, jardins de infância, trens, prédios residenciais e comércios. Famílias inteiras passaram a madrugada escondidas em estações de metrô subterrâneas, que já se tornaram abrigos improvisados durante bombardeios.
“Os drones começaram a zumbir… depois as explosões. As pessoas gritavam nas ruas. Foi horrível”, contou Maria Hilchenko, moradora de 40 anos, em entrevista à imprensa ucraniana.
Kiev sob fogo e fumaça
De acordo com o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, 14 das vítimas precisaram ser hospitalizadas. Uma instalação médica no distrito de Holosiivskyi também pegou fogo após ser atingida por destroços de drone.
A ferrovia estatal ucraniana precisou redirecionar trens e houve atrasos significativos no transporte de passageiros. Ao todo, seis dos dez distritos de Kiev foram afetados, incluindo danos à infraestrutura da embaixada da Polônia, embora sem feridos entre os diplomatas.
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Zelensky reage
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chamou o bombardeio de “maciço e cínico”, destacando que os primeiros alertas soaram praticamente no mesmo momento em que a imprensa noticiava a conversa entre Trump e Putin.
“Mais uma vez, a Rússia mostra que não quer acabar com essa guerra. Precisamos de mais pressão e mais defesa aérea”, publicou Zelensky em sua conta no X (antigo Twitter).
E agora?
Kiev vem sendo alvo de ataques cada vez mais frequentes e intensos. O medo agora é de que essa escalada se torne rotina, enquanto o conflito entra numa nova fase, mais imprevisível e violenta.
Enquanto isso, o mundo observa e se pergunta: qual será o próximo movimento — político e militar — dessa guerra que já dura mais de dois anos?