O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu ao púlpito da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), em Nova York, e mandou um recado firme ao mundo: ataques contra o Poder Judiciário brasileiro não serão tolerados.
“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula.
A fala acontece em meio ao aumento da tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, após o governo americano aplicar sanções contra autoridades brasileiras e familiares de ministros do STF. Entre elas, a esposa e os filhos do ministro Alexandre de Moraes tiveram os vistos revogados pela Casa Branca.
Condenação de Bolsonaro em destaque
No discurso, Lula também mencionou a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe após as eleições de 2022.
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Segundo o presidente, a decisão mostra ao mundo que o Brasil não negocia sua democracia nem sua soberania:
“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis.”
Primeiro chefe de Estado a discursar
Tradicionalmente, o Brasil abre os trabalhos da Assembleia Geral da ONU, e Lula foi o primeiro líder mundial a falar no evento de 2025. Ele esteve acompanhado de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).
Com o tom duro contra ataques internos e externos, Lula reforçou que o país seguirá como nação independente e livre de qualquer tipo de tutela.