O empate em 1 a 1 contra o Lanús, no Maracanã, não tirou só o Fluminense da Copa Sul-Americana. Tirou também o técnico Renato Gaúcho do comando do time. Em plena coletiva de imprensa, o treinador surpreendeu e anunciou que estava pedindo demissão do cargo.
Renato, que respondeu normalmente às perguntas por 17 minutos, deixou o recado no final, afirmando que já tinha comunicado a decisão ao presidente do clube. “Sempre procurei dar o melhor pelo Fluminense. Saímos de uma competição importante, mas estamos firmes no Brasileirão e na Copa do Brasil. Decidi sair para descansar a cabeça e deixar que outros conduzam o trabalho”, disse o técnico.
Saída cercada de críticas
A eliminação veio acompanhada de tensão nas arquibancadas. Nos minutos finais da partida, Renato foi alvo de xingamentos e ouviu gritos de “burro” vindos da torcida. Questionado sobre a pressão, ele desabafou:
“Hoje em dia todo mundo é treinador na internet. As redes sociais acabaram com o futebol, virou uma guerra de críticas. Quando ganha, é pouco elogio. Quando perde, ninguém presta”, disparou.
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Próximos passos do Tricolor
Com a saída de Renato, os auxiliares Alexandre Mendes e Marcelo Salles também deixam o clube. A princípio, Marcão, auxiliar fixo, assume o comando interino do Fluminense. O próximo desafio do time já é neste domingo, contra o Botafogo, pelo Brasileirão, no Maracanã.
O legado de Renato
Renato assumiu o Flu em abril e, desde então, foram 42 jogos, com 21 vitórias, 9 empates e 12 derrotas. O treinador levou o time até a semifinal do Mundial de Clubes e da Copa do Brasil — onde o Tricolor ainda sonha em disputar uma final contra o rival Vasco, em dezembro. No Brasileirão, o time ocupa a 8ª posição.
Apesar da saída turbulenta, Renato deixa uma campanha sólida em parte das competições e uma discussão em aberto sobre até onde vai a influência das redes sociais no futebol.