O Brasil tá gastando bilhões pra se proteger no mundo digital — mas, mesmo assim, ainda segue super vulnerável a ataques. Segundo o novo Relatório de Cibersegurança 2025, da Brasscom (Associação das Empresas de TIC), o país ocupa a 12ª posição no ranking global de investimentos em segurança cibernética. Uma boa notícia, né? Mais ou menos.
Apesar do investimento pesado, o país continua entre os mais atingidos por ciberataques no mundo. Ou seja, a gente tá tentando se proteger… mas ainda apanha feio na prática.
🧠 Brasil tá apostando alto na proteção digital
De 2025 até 2028, a previsão é que o Brasil invista cerca de R$ 104,6 bilhões em segurança cibernética — com R$ 21,6 bilhões só em 2025. É grana! E isso mostra que a área virou prioridade. A preocupação com dados, golpes e fraudes cresceu, principalmente depois da popularização de ferramentas como o Pix e o Open Banking, que revolucionaram o sistema financeiro por aqui.
E com a demanda crescendo, a formação de profissionais na área também está acelerando: só o programa Hackers do Bem (do SENAI-SP, RNP e Softex) vai capacitar mais de 30 mil pessoas em 2025, com investimento de R$ 32,6 milhões.
🤔 Mas… por que ainda somos alvos tão fáceis?
Segundo o relatório, o Brasil vive um paradoxo digital: é super inovador — cria ferramentas modernas, adota tecnologias novas com rapidez — mas demora pra colocar de pé uma estrutura de segurança que realmente dê conta do recado. O termo usado no relatório é direto: early adopter, but late finisher.
E os números não mentem:
- 38% da população foi alvo de tentativa (ou vítima) de golpe bancário em março de 2025;
- 60 milhões de tentativas de ataque foram registradas em 2023;
- O custo médio de uma violação de dados no Brasil chegou a US$ 1,36 milhão em 2024.
🎣 Phishing é o golpe queridinho dos criminosos digitais
O golpe mais comum continua sendo o phishing — quando você recebe e-mails, SMS ou mensagens falsas que imitam bancos, lojas ou pessoas próximas, e acaba clicando em links maliciosos ou passando dados pessoais.
Veja os golpes bancários mais frequentes no Brasil:
- Clonagem ou troca de cartão: 40%
- Falso parente/amigo no WhatsApp pedindo dinheiro: 28%
- Golpes de centrais falsas de atendimento: 26%
- Golpe do Pix: 16%
- Uso indevido de CPF via SMS: 11%
⚡ Segurança digital virou prioridade… mas ainda não virou ação
A pesquisa mostra uma desconexão perigosa: a segurança da informação é a 2ª maior preocupação das empresas para 2025, mas só aparece como 4ª nas intenções reais de investimento em tecnologia. A tradução? Todo mundo fala que se importa — mas nem todo mundo tá colocando dinheiro onde realmente importa.
🛡️ E agora, Brasil?
Com o aumento dos investimentos e a formação de novos profissionais, o cenário tende a melhorar. Mas enquanto isso não acontece de verdade, o país segue exposto.
A dica é clara: se proteger no digital não é só tarefa de empresa ou governo — é pessoal também. Usar senhas fortes, desconfiar de links, evitar clicar em qualquer coisa… tudo isso faz diferença. Porque, na internet, o vacilo pode sair caro.