Durante a 17ª Cúpula do Brics, realizada neste fim de semana no Rio de Janeiro, o grupo formado por 11 países — incluindo Brasil, Rússia, China e Índia — fez duras críticas a conflitos e ocupações armadas em diferentes partes do mundo. Em uma declaração robusta, os líderes defenderam soluções diplomáticas, reforçaram a importância da soberania dos países e cobraram mais equilíbrio nas relações internacionais.
🕊️ Paz na Ucrânia? Só com diálogo
Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brics evitou tomar partido diretamente, mas reforçou o apoio a saídas diplomáticas. O bloco elogiou iniciativas como a “Iniciativa Africana de Paz” e o “Grupo de Amigos para a Paz”, que tentam intermediar conversas entre os dois lados.
Mesmo assim, o documento também condenou os ataques ucranianos em território russo, citando os bombardeios em Bryansk, Kursk e Voronezh como “violência contra civis”.
⚖️ Síria: críticas a Israel e elogio ao fim das sanções
O Brics pediu a retirada imediata de Israel das áreas da Síria ocupadas desde a década de 1970 e condenou recentes ataques terroristas no país, como o atentado à Igreja Mar Elias.
Além disso, os líderes celebraram o anúncio dos EUA de retirar sanções econômicas contra a Síria, após anos de embargo que afetaram diretamente a população civil.
🇱🇧 Líbano: elogios ao cessar-fogo e crítica à ocupação
O grupo reconheceu como positivo o cessar-fogo entre Israel e o Líbano, mas cobrou que as forças israelenses deixem definitivamente o território libanês, citando cinco regiões ainda sob controle israelense no sul do país.
⚠️ Sudão e o alerta para o extremismo
O conflito civil no Sudão foi outro ponto de forte preocupação. O Brics denunciou a crise humanitária e os riscos de proliferação do extremismo e do terrorismo. Os líderes pediram um cessar-fogo imediato e soluções conduzidas por lideranças africanas, especialmente pela União Africana.
🇭🇹 Haiti: apoio à ONU e fim das gangues
Com mais de 80% da capital Porto Príncipe dominada por grupos armados, o Haiti virou um dos principais focos da preocupação do Brics. O bloco defende que a saída da crise deve ser liderada pelos próprios haitianos, com apoio da ONU. O objetivo é desmantelar as gangues, garantir segurança e reconstruir o país social e economicamente.
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💸 Crítica aos altos gastos militares
O Brics também mandou um recado direto para os países da OTAN: mais armas não significam mais segurança. Os líderes demonstraram preocupação com o aumento dos orçamentos militares, enquanto países em desenvolvimento seguem sem apoio para educação, saúde e infraestrutura.
🌐 O que é o Brics?
O Brics é um grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Egito, Etiópia e Indonésia. Juntos, os países representam mais da metade da população mundial e buscam mais equilíbrio nas decisões políticas e econômicas globais.