Durante evento em Bogotá, presidente colombiano anuncia saída da aliança militar e dispara contra postura da Europa no conflito Israel x Hamas.
A Colômbia está fora da Otan. O presidente Gustavo Petro anunciou, nesta quarta-feira (16), que o país vai encerrar sua participação como sócio global da aliança militar liderada pelos Estados Unidos e países europeus.
O motivo? A postura da Otan em relação à guerra na Faixa de Gaza. Segundo Petro, a aliança está apoiando governos que “ajudam a jogar bombas” e, por isso, a Colômbia não pode mais manter esse tipo de parceria.
“Da Otan devemos sair, não há outro caminho. E a relação com a Europa não pode continuar com governos que traem seus próprios povos”, disse o presidente durante uma cúpula internacional sobre Gaza, realizada no Itamaraty colombiano.
🤝 O que era esse vínculo com a Otan?
A Colômbia não era membro oficial da Otan, mas desde 2017 tinha o status de “sócio global” — o único da América Latina. Esse título permitia ao país participar de cooperações militares e de segurança, como treinamentos conjuntos, troca de informações estratégicas e presença em missões específicas, mas sem integrar totalmente a aliança.
Agora, esse vínculo está sendo rompido por decisão política e ideológica do atual governo.
Siga o Jovem na Mídia nas redes sociais do Instagram e Facebook para não perder nada!
💣 Críticas à Europa e à guerra
Petro vem sendo um dos presidentes latino-americanos mais críticos às ações de Israel na Faixa de Gaza e tem cobrado um posicionamento mais firme da comunidade internacional. Ele também tem batido de frente com governos europeus que, segundo ele, estariam sendo “cúmplices” dos ataques ao povo palestino.
A fala dele é direta:
“Não é o povo europeu que está ajudando a jogar bombas. São seus governos.”
🕊️ Uma Colômbia menos alinhada ao Ocidente?
A saída da Otan indica uma mudança de rota na política externa colombiana, que já vinha sendo sinalizada por Petro desde que assumiu. Ele defende uma atuação mais independente, voltada para os interesses do Sul Global, e com críticas abertas ao que chama de “hipocrisia das potências”.
Ainda não foi divulgado quando ou como a Colômbia vai formalizar a saída. Mas o recado foi claro: a aliança com a Otan já não representa mais os princípios do atual governo.
