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Flotilha com ativistas de vários países é interceptada por Israel a caminho de Gaza

Uma frota internacional que tentava levar medicamentos e alimentos para a Faixa de Gaza foi interceptada por militares israelenses na madrugada desta quinta-feira (2). O episódio reacendeu o debate sobre o bloqueio imposto por Israel ao território palestino, que já dura quase duas décadas.

Segundo os organizadores da Global Sumud Flotilla, alguns barcos foram atingidos por canhões de água e até abalroados por embarcações militares. Apesar da tensão, não houve registro de feridos.

Entre os cerca de 500 ativistas, parlamentares e advogados a bordo, estava a sueca Greta Thunberg, ícone da luta climática, que foi filmada cercada por soldados israelenses após a abordagem.

O que aconteceu na interceptação

De acordo com relatos, cerca de 20 embarcações militares se aproximaram da flotilha ainda na noite de quarta-feira (1º). Os passageiros, que já esperavam uma abordagem, vestiram coletes salva-vidas e registraram tudo em transmissões ao vivo.

“Estamos sendo interceptados ilegalmente”, disseram os organizadores nas redes sociais, antes de perderem comunicação devido ao que classificaram como um ataque cibernético contra os sistemas de navegação e internet dos barcos.

Israel, por outro lado, afirma que apenas fez valer um bloqueio “legal” contra o Hamas e que todos os passageiros estavam seguros e seriam levados a um porto israelense. O governo também declarou que a ajuda poderia ser enviada por “rotas seguras”, sem violar o bloqueio marítimo.

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Missão desafiadora

A flotilha, composta por mais de 40 embarcações civis, partiu com a meta de romper o cerco naval e entregar suprimentos diretamente em Gaza, onde a guerra já destruiu grande parte da infraestrutura.

Essa não foi a primeira tentativa frustrada. Dias antes, os barcos haviam sido atacados por drones que lançaram granadas de efeito moral e pó químico, provocando pânico mas sem deixar feridos.

Organizações humanitárias afirmam que a iniciativa é uma forma de denunciar o cerco que, desde 2007, limita drasticamente a entrada de recursos no enclave palestino. Israel, no entanto, acusa os ativistas de buscar confrontos políticos e não de fato entregar ajuda.

Reações internacionais

A movimentação chamou atenção da comunidade internacional. Itália e Espanha enviaram navios de guerra para monitorar possíveis emergências, mas recuaram antes da aproximação a Gaza por questões de segurança.

A ONU também entrou no debate: Francesca Albanese, relatora de direitos humanos para os territórios palestinos, afirmou que a interceptação viola a lei internacional, já que Israel não teria jurisdição sobre as águas internacionais rumo a Gaza.

Em nota, diplomatas israelenses reforçaram a crítica à missão, classificando-a como “provocação política” e não como ação humanitária.

Histórico de confrontos no mar

Tentativas de romper o bloqueio de Gaza por via marítima não são novidade. A mais conhecida ocorreu em 2010, quando nove ativistas morreram após militares israelenses invadirem uma flotilha com centenas de voluntários internacionais.

Mais recentemente, em junho deste ano, a própria Greta Thunberg já havia sido detida em outra embarcação do movimento Freedom Flotilla Coalition.

Por que isso importa?

O caso expõe, mais uma vez, o dilema humanitário em Gaza: de um lado, organizações civis tentando levar ajuda direta; do outro, Israel reforçando seu bloqueio naval como estratégia de segurança contra o Hamas.

A presença de Greta Thunberg dá ainda mais visibilidade ao episódio, colocando o impasse marítimo no centro do debate global.

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