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segunda-feira, novembro 24, 2025

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G20: Lula defende soberania sobre minerais críticos e alerta para risco de “colonialismo digital”

Durante a sessão final da Cúpula de Líderes do G20, em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso direto e estratégico sobre três temas que estão moldando o futuro do planeta: minerais críticos, inteligência artificial (IA) e trabalho decente. Para Lula, a forma como o mundo vai lidar com esses pilares definirá não só o presente, mas também o rumo das próximas gerações.

🔋 Minerais críticos: riqueza não pode virar dependência

Lula defendeu que países detentores de minerais essenciais — como lítio, níquel, cobalto e terras raras — deixem de ser apenas fornecedores de matéria-prima bruta e assumam mais controle sobre toda a cadeia de valor. Esses minerais são fundamentais para setores de alta tecnologia e para a transição energética, como baterias de carros elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.

Sob liderança da África do Sul, o G20 vai publicar um documento reforçando que a exploração desses recursos deve beneficiar os países de origem, estabelecendo princípios para extração responsável, geração de valor local e desenvolvimento tecnológico.

Lula destacou que o Brasil, que abriga cerca de 10% das reservas globais de minerais críticos, já criou o Conselho Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para planejar políticas de exploração de forma mais soberana e moderna.

“O que está em jogo não é apenas possuir os recursos, mas controlar o conhecimento e o valor agregado que nasce deles”, afirmou Lula.

O presidente defendeu que não haja uma relação desigual em que países ricos concentram inovação e países com reservas minerais ficam presos no papel de exportadores.

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🤖 Inteligência artificial: oportunidade gigante, risco também

Seguindo o mesmo tom, Lula colocou a IA no centro do debate global. Para ele, a tecnologia pode impulsionar produtividade, inovação e sustentabilidade — mas só se houver uma governança internacional inclusiva, liderada pela ONU, para evitar que poucos países e empresas concentrem todo o poder.

O alerta é claro: quando apenas uma minoria controla algoritmos, dados e infraestrutura, cria-se uma espécie de “colonialismo digital”.

Além disso, Lula destacou o enorme abismo digital no mundo:

  • Países de alta renda têm 93% da população conectada à internet.
  • Nos países mais pobres, o acesso cai para 27%.
  • No total, 2,6 bilhões de pessoas seguem fora da vida digital.

“O grande desafio não é dominar a ferramenta, é garantir que todos possam usá-la com segurança e confiança”, disse.

👷‍♂️ Trabalho decente na era da automação

Lula também pediu que as transformações tecnológicas venham acompanhadas de políticas que protejAM trabalhadores. Segundo dados apresentados por ele, 40% da força de trabalho mundial está exposta a substituição ou transformação por IA.

A mensagem aos líderes foi explícita:

“Cada painel solar, cada chip, cada linha de código deve carregar consigo a marca da inclusão social.”

Para o presidente, tecnologia não pode fragilizar direitos, e sim fortalecer empregos e abrir portas para setores emergentes.

🗺️ G20 2025: solidariedade e sustentabilidade

A África do Sul comanda o G20 este ano com o lema “Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade” e colocou como prioridades:

  • Resposta global a desastres
  • Sustentabilidade da dívida de países pobres
  • Financiamento para transição energética
  • Governança de minerais críticos

A reunião marca também o fim de um ciclo em que todos os integrantes já exerceram a presidência pelo menos uma vez.

🤝 Reuniões paralelas e agenda internacional

À margem da cúpula, Lula também participou do encontro do Fórum Índia-Brasil-África do Sul (IBAS), criado em 2003 para impulsionar cooperação entre países do Sul Global.

Antes do G20, ele discursou em sessões sobre crescimento econômico inclusivo e mudanças climáticas, e manteve encontros bilaterais com:

  • Cyril Ramaphosa (África do Sul)
  • Friedrich Merz (Alemanha)

Lula segue agora para Maputo, Moçambique, onde realiza nesta segunda (24) uma visita oficial marcada pela comemoração dos 50 anos de relações diplomáticas entre os países. O retorno ao Brasil está previsto para o fim do mesmo dia.

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