No julgamento que pode condenar Jair Bolsonaro e sete aliados, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou como “imperativo” punir a tentativa de golpe que, segundo ele, buscava romper a ordem democrática do país.
Em sua sustentação oral nesta terça-feira (2), Gonet disse que os atos investigados não podem ser tratados como “devaneios ou aventuras irrelevantes” — mas sim como crimes graves contra as instituições democráticas.
“Se a intentona vence pela ameaça ou pela força, a ordem democrática não teria como se defender. Por isso, é essencial punir o que não chegou a se concretizar”, afirmou o procurador.
Ele reforçou que o julgamento serve também como elemento de dissuasão, mostrando que aventuras golpistas terão resposta firme da Justiça e que a democracia deve ser preservada.
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Quem está sendo julgado
O chamado núcleo crucial da trama golpista inclui:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI;
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens.
Todos respondem a crimes graves, como:
- Liderar ou integrar organização criminosa armada;
- Atentar contra o Estado Democrático de Direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado por violência;
- Deterioração de patrimônio tombado.
⚠️ A exceção é Ramagem, que responde apenas aos três primeiros crimes por conta de imunidade parlamentar.
Se forem condenados, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão, dependendo do papel de cada réu na trama.