Um domingo de caos digital. Cortes em cabos submarinos no Mar Vermelho deixaram países da Ásia e do Oriente Médio com a internet lenta ou totalmente fora do ar neste dia 7 de setembro.
A Microsoft confirmou que usuários da região podem enfrentar alta latência e instabilidade, mas destacou que rotas de tráfego fora do Oriente Médio não foram afetadas. Já a NetBlocks, que monitora conectividade global, informou que os cabos SMW4 e IMEWE, próximos a Jidá, na Arábia Saudita, foram os mais atingidos.
📡 Esses cabos são cruciais:
- SMW4 – administrado pela Tata Communications (Índia);
- IMEWE – operado por um consórcio liderado pela Alcatel-Lucent (França).
Em países como Índia, Paquistão e Emirados Árabes Unidos, usuários das operadoras Du e Etisalat já reclamam de conexões lentas.
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🔥 Contexto de tensão
O incidente acontece em meio a um cenário explosivo na região: os rebeldes Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, têm realizado ataques contra Israel como resposta à guerra em Gaza. Entre 2023 e 2024, mais de 100 navios foram alvos de mísseis e drones no Mar Vermelho.
O governo iemenita já havia alertado sobre a possibilidade de sabotagem em cabos submarinos — embora os Houthis neguem envolvimento. Curiosamente, o canal de TV deles, al-Masirah, reconheceu os cortes, mas não explicou a causa.
🌐 O que esperar?
Ainda não está claro se os cortes foram acidentais, provocados por conflitos militares ou sabotagem. Mas especialistas alertam que, em um dos corredores marítimos mais estratégicos do mundo, ataques a cabos de internet podem se tornar uma nova arma de guerra híbrida.